Fernanda Guilhon
As tecnologias avançadas do mundo atual contribuem com o desenvolvimento profissional e o crescimento das empresas. As áreas ligadas à Informação especialmente, recebem maior colaboração e influência. Mas, que áreas são essas? Dizia-se que de todos os profissionais que eventualmente são remunerados para criar conhecimento, comunicar idéias, processar informação (Porat, 1977), assim, consideramos os engenheiros, projetistas, gerentes. Numa idéia mais nova, Stassman (1985), ainda abrangente, conceitua o profissional da informação como aquele que trabalha com informação em vez de com objetos.
De qualquer forma, o mercado está mais competitivo, moderno e atualizado. A globalização bateu em nossas portas e, sem pedir licença, entrou em nossas vidas. Mas como se comporta o profissional bibliotecário diante tantas mudanças?
Normalmente o nome das profissões remete ao que os profissionais fazem e no caso da biblioteconomia – lida com livros em bibliotecas!!?? Já foi o tempo que a imagem do bibliotecário era da pessoa que atrás de um balcão guardava os livros como tesouros intocáveis. Hoje, é preciso participar da informação, recolher e disseminar. Organizar o conhecimento. Participar na transformação da informação tácita em explícita. Permitir acesso à informação e ajudar a transformá-la em conhecimento.
Para maior divulgação da profissão alguns pontos precisam ser considerados:
A fixação da marca é importante! Já que o nome (marca) da profissão não corresponde com a função de seus profissionais, é preciso esclarecer e divulgar no que consiste a profissão: prestação de serviços e elaboração dos produtos de informação.
Esclarecer à sociedade e principalmente ao bibliotecário que a área de negócio da profissão não é o livro e nem a biblioteca, mas sim a informação!! Pensando desta forma, o livro e a biblioteca tornam-se apenas suporte para a informação.
Focar no seu negócio e analisar seus concorrentes e barreiras de entrada e saída (considerando que os concorrentes da biblioteconomia são os próprios serviços de informação advindos das áreas de informática, administração, comunicação entre outras.)
A mistura das técnicas tradicionais e, em alguns casos, insubstituíveis, com as tecnologias avançadas podem fazer da profissão um grande desafio e realização.
É preciso que o bibliotecário olhe no espelho e se reconheça!!
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PORAT, M. U. The information economy: definition and measurement Washington: U.S. Department of Commerce, Office of Telecommunications, 1977.
STRASSMANN, P. A. Information Payoff: The Transformation of Work in the Electronic Age. New York: Free Press, 1985.