segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Biblioteconomia: uma profissão que se fundamenta na informação

Fonte: http://www.rio.rj.gov.br

Na era da informação e do conhecimento, percorrer as estantes de uma biblioteca, revela a interação e a cumplicidade entre autor e leitor. A biblioteca revela um mundo de descobertas. É assim que o profissional da informação interage com o seu público. Um mediador entre as várias formar de tratar, preservar e difundir a informação, o conhecimento . O papel do bibliotecário é primordial nesse século. Para falar um pouco disso, convidamos Ruth Pontes, Coordenadora da Rede de Bibliotecas, da Coordenadoria de Documentação e Informação Cultural da Secretaria Municipal das Culturas. Com uma trajetória profissional na área pública, a bibliotecária possui uma rica experiência em uma área cada vez mais importante no mundo do conhecimento.
O que um jovem que queira ingressar na faculdade de Biblioteconomia precisa?
Ao ouvirmos “ faculdade de Biblioteconomia” pensamos logo em alguém que goste de ler, mas fundamentalmente tem gostar de informar, esclarecer, indicar e orientar qualquer pessoa que procure ou necessite de informação.
Quais os primeiros desafios que são enfrentados logo no princípio dos estudos até o ingresso no mercado de trabalho?
São os conceitos teóricos-administrativos que o trabalho impõe. São as regras para catalogação e classificação que na sua maioria serão vivenciadas no período de estágio.
Como está a necessidade do mercado para os novos bibliotecários?
Estamos vivendo um momento de grande busca pelo profissional da informação, aquele que saiba associar todas as ferramentas , antigas e atuais, saiba utilizar a biblioteca convencional e a virtual. É um excelente momento para este profissional e estão ocorrendo vários concursos na área pública e privada.
Quanto à formação acadêmica. O que há de novo nas universidades que contribua para a formação dos novos bibliotecários?
As noções de utilização das novas ferramentas para chegar às informações com precisão e rapidez, conhecimento da era digital e de disciplinas como “ elementos e análise de sistema de computação” e “rede de informação digital”.
Qual a maior satisfação do exercício desta profissão?
A satisfação plena do usuário ao ver-se atendido em suas buscas de informação.
Como é o dia-a-dia de um bibliotecário?
É trabalhoso e rico, contatos com diversos tipos de instituições para intercâmbio de conhecimento e de atividades culturais, com editoras para seleções de aquisição de acervo, catalogação, classificação, preparação do livro e toda a rotina de atendimento ao público e contato com as comunidades.
Quais as privações pessoais que a profissão causa?
Não diria privação, mas insatisfação, quando o local de trabalho não permite proporcionar o real atendimento ao usuário.
Quanto um bibliotecário ganha em média?
Na área pública – inicial de R$ 1.150,00Na área privada – inicial de R$ 2.000,00Com carga horária de 40 horas semanais.
Para os jovens que ainda não decidiram que carreira seguir, o que você recomenda para o caso da Biblioteconomia ser uma das opções a ser escolhida? O que pode ajudar o jovem na escolha?
O jovem que apresentar o perfil criativo, inovador, de liderança , comunicativo está apto a ser um excelente bibliotecário.
Informação faz parte da vida, e deve ser ordenada e organizada para garantir sucesso nas ações. A palavra de ordem mundial vigente é informação. Sem informação o mundo pára. Sem informação não fazemos perguntas . Sem informação não obtemos respostas.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Biblioteconomia – UFMT por: Kenia Vanni de Freitas Sukeyosi

Biblioteconomia – UFMT

Cumprimento este espaço dedicado a informação.
Sou bacharel em Biblioteconomia, turma 2004, UFMT-Rondonópolis (primeira turma).
Como todos ligados a educação, sabem como é delicado manter um padrão de ensino em meio a tantas tormentas diárias, não poderia ser diferente em uma instituição de ensino superior da rede pública. É extremamente trabalhoso e cansativo o caminho a percorrer nestas instituições, por isso cumprimento, também, os professores, mestres, que nos mostram um caminho a seguir.
Na ocasião de minha graduação enfrentamos muitos desafios e fomos privados de uma constância do caminho percorrido no meio acadêmico, pois estruturar um novo curso é uma das árduas tarefas que nossos professores enfrentam. Mas vencemos, e hoje esta turma está atuando no mercado de trabalho.
Dois anos após a graduação participei de um processo seletivo para professores substitutos, e atuei na docência, na UFMT, por 2 anos. Acredito que desenhei um bom caminho neste período, e espero retornar breve. Atuei inclusive na gestão de uma biblioteca universitária, da qual me desliguei recentemente por discordar do enfoque retrógado dado à biblioteca.
Na ocasião em que participei do colegiado de curso, vivenciei todos os problemas, frustrações, incertezas...será que esta grade curricular atende as necessidades? será que este aluno tem esse direito? será que...será que...e sempre em comum acordo com todos os participantes, inclusive representantes dos alunos, a decisão era tomada e aprovada.
Claro que as decisões podem agradar uns e outros nem tanto, mas o objetivo é atender a necessidade. E o curso atende toda necessidade inerente de um centro de informação, e ainda oferece as noções administrativas e de recursos humanos. O curso é Bacharel em Biblioteconomia, que isso fique claro. Para que o indivíduo conheça com mais detalhes as questões relacionadas com a administração, acredito que deva fazer uma especialização na área. Nada impede que um bibliotecário faça pós graduação em gestão de empresas (estou fazendo um curso relacionado).
Não é possível, em nenhuma graduação, que aprenda TUDO relacionado ao curso e ainda os assuntos afins. Ainda temos o agravante do interesse pessoal de cada aluno que percebi durante esses 2 anos ministrando disciplinas no curso, infelizmente deixa a desejar. Cada aluno pode apresentar uma série de motivos para o desinteresse, mas nenhum motivo pode ser justificativa. A vitória tem sabor especial se temperada com dificuldade.
Todos sabem que existem professores dedicados e outros nem tanto, assim como alunos dedicados e outros nem tanto. Vamos fazer parte dos dedicados que tenho certeza que iremos crescer, tanto a instituição quanto o Brasil.
A atuação dos egressos do curso de Biblioteconomia da UFMT se destaca, pois dos alunos graduados, vários estão atuando em centros de informação, contratados ou concurso público, ressaltando que fazem parte da parcela dos dedicados e estão empenhados na profissão. Ainda temos os alunos que estão exercendo a função de estagiário, em bibliotecas escolares.
Agora, o que este profissional ira desenvolver em seu local de trabalho depende do interesse ou do que a instituição possa oferecer, pois sabemos que existem instituições que não valorizam este profissional e praticamente os obrigam a atuar somente com os serviços básicos, sem condições de desenvolver plenamente sua função. Isso é um problema que nós, bibliotecários, deveríamos estar unidos para que esta prática não se torne permanente. Para isso gostaríamos de contar com o CFB, CRB e Sindicatos da classe. Exemplo dessa omissão são os concursos públicos que oferecem vaga para “bibliotecário com nível médio de escolaridade”. Não é preciso comentários.
Temos conhecimento, também, que muitos profissionais assumem a direção de um centro de informação e sequer apresentam um diagnóstico para a direção, o que é inaceitável, a real situação do local tem que ser apresentada, mesmo que nenhuma providencia vá ser tomada, isso faz parte do nosso trabalho inicial, e tenho convicção, como professora, que esta informação é repassada aos alunos, podem alegar que não tem conhecimento, porque com certeza faltaram a aula este dia, é comum ouvirmos este tipo de argumento. Na ocasião do final da graduação o aluno deve apresentar um trabalho de pesquisa, sugere-se que pesquise temas atuais, que façam pesquisa, mas infelizmente essa sugestão não é acatada, preferem ficar no mais prático e fácil. Poderia desenvolver algo relacionado com gestão, para colaborar com o aprendizado. Não estou generalizando a pratica, há trabalhos com muito valor científico, sem dúvida e parabenizo esses dedicados alunos.
Resolvi escrever para esta coluna para que os leitores tenham conhecimento a respeito do curso de Biblioteconomia da UFMT, o qual tenho grande estima.

Kenia Vanni de Freitas Sukeyosi
Bibliotecária – CRB1

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Museólogo atua desde a identificação à exposição de obras

Museólogo atua desde a identificação à exposição de obras

Curso mais antigo de museologia começou a funcionar em 1932.
Atualmente, há sete instituições que oferecem o curso, seis federais e uma particular.

Fernanda Bassette Do G1, em São Paulo

 

Foto: Divulgação
Divulgação
Alunos de museologia manipulando acervo da UniRio. (Foto: Divulgação)


Quem pensa que museu é o lugar onde estão guardadas as velharias e os objetos antigos está enganado. "Um museu é muito mais que um depósito de acervos. Ele armazena a história e a cultura de um país", afirma o professor Ivan Coelho de Sá, diretor da Escola de Museologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). A profissão do museólogo é o tema do Guia de Carreiras do G1 desta terça-feira (17).

 

Segundo o professor Sá, o objetivo do curso de museologia é formar profissionais capacitados para trabalhar em museus, em instituições de memória em geral, em locais de patrimônio cultural. Nos últimos dez anos, afirma, a carreira teve uma valorização. "Acho que descobriram a importância que existe em preservar a cultura e os museus como instrumentos sociais e educativos", disse o professor. 

 

Foto: Eugênio Vieira
Eugênio Vieira
Fachada do prédio da Pinacoteca do Estado, em São Paulo (Foto: Eugênio Vieira)

A professora Ana Maria Dalla Zen, coordenadora do curso de museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) vai além. "Museu não é apenas um local de preservação da memória humana. Há preservação de artes sacras, de plantas, de animais. São diferentes áreas do conhecimento que estão sendo preservadas".

 

  Atividade dinâmica

E, segundo Ana Maria, também está enganado quem pensa que a atividade do museólogo é rotineira e cotidiana. Ele é o profissional responsável por inúmeras atividades, entre elas:

  • planejar, organizar, administrar, dirigir e supervisionar os museus e exposições; 

  • solicitar o tombamento de bens culturais; 

  • conservar, manipular e divulgar o acervo museológico; 

  • classificar e executar serviços de identificação dos bens culturais;

  • realizar perícias destinadas a apurar o valor histórico, artístico ou científico de bens museológicos, assim como a sua autenticidade.

De acordo com o professor Sá, a carreira do museólogo é bastante específica e não pode ser confundida com a de um historiador, por exemplo. "O historiador sabe pesquisar, mas não sabe coisas técnicas de como manipular um acervo, por exemplo". 

 

Foto: Divulgação
Divulgação
Exposição no museu da UFRGS (Foto: Divulgação)

Sá dá um exemplo prático da atividade do museólogo: "Quando um quadro chega em um museu, ele precisa ser higienizado, identificado, classificado, transportado adequadamente, tem que ser avaliado o índice de luz que ele vai receber. Só essa parte técnica de preservação do bem cultural é imensa", diz o professor.

 

"O acervo tem que conversar com o público. O museólogo avalia até que ponto um objeto consegue relacionar o passado com o presente", afirma Ana Maria.

 

  Disciplinas

O curso de museologia está inserido na área de humanidades. Geralmente, nos dois primeiros anos de curso, o aluno tem contato com disciplinas de formação geral em ciências humanas, como antropologia, filosofia, sociologia, metodologia de pesquisa, ecologia (para quem for trabalhar em museu de ciências), patrimônio histórico.

 

Após esse período, o estudante tem contato com disciplinas mais específicas e ligadas diretamente à formação do profissional. São elas museologia e todas as suas subáreas como documentação, preservação, comunicação. No final do curso, há estágio obrigatório.

 

  Atualização constante

Segundo a professora Ana Maria, um bom museólogo tem que ter uma formação básica de conhecimento bastante complexa e tem que estar constantemente informado e atualizado. "É preciso visitar museus no seu dia-a-dia. Existem convênios com museus internacionais e virtuais e o aluno precisa de atualizar", disse.

 

  Um pouco de história

O curso superior de museologia mais antigo do Brasil é oferecido pela UniRio e foi lançado por meio de um decreto presidencial em 1932. Ele começou a ser oferecido dentro do Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro e funcionou lá por mais de 40 anos. Era um curso técnico, mas tinha caráter universitário e as aulas eram ministradas pelos próprios técnicos do museu.  Atualmente, segundo dados do Ministério da Educação (MEC), há sete instituições que oferecem o curso, seis federais e uma particular.


Fonte: www.g1.com.br - 17/06/08 - 15h45 - Atualizado em 17/06/08 - 16h37

Contratação exige registro em carteira e pagamento de vários tributos

Dentro da lei
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O final do ano é o período mais esperado pelo varejo e pela indústria. As vendas do comércio em dezembro chegam a ser, em média, 30% superiores às registradas no mês de novembro. Para atender à maior demanda, os empresários com freqüência recorrem à contratação temporária.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem), 113.000 pessoas devem ser selecionadas para essas vagas neste ano. O volume representa um aumento de 8% em relação a 2007. A estimativa é que cerca de 37% desses profissionais sejam efetivados. Esse número vem crescendo ano a ano. Em 2007, foram 34% e em 2006, 30%.

Existe uma legislação específica que rege a contratação desse tipo de mão-de-obra. A regra diz que o funcionário só pode permanecer na empresa por três meses, prorrogáveis por mais três. Não há prazo mínimo definido. Esses profissionais têm de receber salário equivalente aos de seus pares que desempenham a mesma função e são fixos no cargo. "A lei não diz claramente que tem de ser o mesmo salário. Então, a interpretação que geralmente se faz é de um valor igual ao pago a um iniciante", afirma Vander Morales, diretor da Asserttem.

Mesmo se trabalharem poucos dias, esses funcionários têm direito a registro em carteira, férias proporcionais e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Após duas semanas, a pessoa também passa a receber o 13º salário como se tivesse trabalhado um mês inteiro. A exceção fica por conta de casos de demissão. O contrato pode ser rompido a qualquer momento sem o pagamento de multa de 40% sobre o FGTS.

Esse tipo de contratação não pode ser feito diretamente por lojistas e empresários em geral. É necessária a intermediação de uma agência de emprego especializada que tenha registro no Ministério do Trabalho. Essa empresa deverá recolher todos os impostos - que equivalem a 54,66% do salário. Em caso de alguma irregularidade ou reclamação trabalhista, é a prestadora de serviço quem terá de se entender com a Justiça.

O empresário Celso Lemos, dono de uma fábrica de alimentos processados com carne de avestruz, a Idao, vem atuando desde março com cinco colaboradores temporários para promover a degustação de seus produtos em supermercados. Até dezembro, ele deve contratar mais sete pessoas. "As ações são pontuais. Não posso ter alguém fixo", diz. Lemos paga à agência de empregos o equivalente a dois salários - um é repassado para as promotoras e o outro se refere aos encargos sociais e à taxa do serviço de contratação.


Colaboração: Claudia Candido

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Max Gehringer / Revista Época - 10/10/2008 - 17:29


Qual é sua avaliação sobre uma carreira em Biblioteconomia? – S.M.

Pelas informações disponíveis – e que são bem poucas –, o maior número de vagas está sendo oferecido através de concursos públicos. Mas eu sugiro que você faça, paralelamente, um curso de Ciência da Computação. A internet é a maior biblioteca do mundo, e só vai aumentar de tamanho e de importância nos próximos anos.


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Temporário ou terceirizado? Na dúvida, fique com os dois

Temporário ou terceirizado? Na dúvida, fique com os dois

 
Nos últimos anos, presenciamos uma trajetória crescente de contratação de trabalhadores com carteira assinada. Nos cinco primeiros meses de 2008, por exemplo, foram criados mais de um milhão de vagas com carteira assinada, número recorde registrado pelo Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego. A contratação temporária e a terceirização de serviços contribuem, e muito, para este cenário. Cada vez mais, as empresas percebem as vantagens das duas modalidades de contratação, que vão desde a transferência de responsabilidades nos processos de recrutamento, seleção, contratação e recolhimento de impostos, até a oportunidade de oferecer aos seus colaboradores o retorno ao mercado de trabalho formal.

Antes de tudo, é fundamental destacar as diferenças entre serviço temporário e terceirizado. A mão-de-obra temporária foi regulamentada em 1974 por meio da Lei 6.019 com o objetivo exclusivo de atender às demandas transitórias. Para o empregador, um dos principais benefícios é o aumento da produtividade. Com a contratação temporária, é possível superar imprevistos e manter a produção mesmo diante do afastamento de algum funcionário, seja por problemas de saúde, acidentes de trabalho, férias, licenças-maternidade ou treinamentos. Não podemos esquecer do atendimento à demanda de mão-de-obra em períodos sazonais. Principalmente em datas comemorativas, como Natal, Dia das Mães ou Dia dos Namorados, há um aumento de produção e vendas, o que afeta tanto o comércio como a indústria. Já para o profissional contratado, além do retorno ao mercado de trabalho formal, com todos os benefícios que representa, há a expectativa e a possibilidade de prorrogação dos serviços e, no futuro, uma contratação efetiva.

Já terceirização de serviços é uma forma de contratação efetiva. A modalidade permite às empresas aumentar sua eficiência, otimizar a infra-estrutura, investir na qualidade e nas melhorias do atendimento ao cliente, além de facilitar a adaptação às constantes mudanças de mercado. Ao contratar uma empresa especializada em determinado serviço, a empresa ganha em qualidade, desburocratização e redução dos custos operacionais.

Todo profissional sabe das dificuldades de encontrar uma oportunidade de trabalho, especialmente, para quem busca o primeiro emprego. A contratação temporária ou terceirizada, hoje, tornou-se uma opção interessante para empresa contratante, uma oportunidade para os jovens e um estímulo para garantir o crescente número de empregados no Brasil.

No último mês de maio, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a taxa de desocupação caiu de 8,5% para 7,9%, a menor para mês desde 2002. Para se ter uma idéia, em maio de 2007, a taxa de desemprego estava em 10,1%. Pela pesquisa, a população ocupada soma 21,5 milhões, sendo 9,5 milhões com carteira assinada.

Apesar da ausência de dados atuais sobre a quantidade de trabalhadores temporários e serviços terceirizados, um estudo realizado em 2006 pelo Instituto de Pesquisa Manager, com o apoio do Sindeprestem e a Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem), mostra que a contratação temporária e a terceirização de serviços empregavam cerca de 2,2 milhões de trabalhadores. Ou seja, representam cerca de 25% do total de trabalhadores com carteira assinada.

Por todos estes motivos, a terceirização de serviços e a contratação de temporários cumprem uma importante função social, facilitando a inserção de desempregados no mercado de trabalho. Muitas vezes, estes trabalhadores, que são contratados por tempo um período determinado, conseguem ser admitidos em definitivo pelas empresas em função do bom desempenho. Assim, é possível manter a rota da empregabilidade e reduzir ainda mais as taxas de desemprego, um dos nossos principais problemas econômicos e sociais do nosso País.

*Alberto Khzouz, diretor comercial da ALLIS S.A.
 

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

23 nos e uma história começando...

            Eu poderia começar este texto com dizeres de algum autor importante ligado a Biblioteconomia. Poderia ser um clássico como Ranganathan ou um contemporâneo como Waldomiro Vergueiro, Francisco das Chagas, Lancaster, ou ainda a ilustre Nair Kobashi, mas meu intuito neste texto é relatar dúvidas, critíca e deixar perguntas que ainda permeiam o meu universo de trabalho.

             Somos preparados para o serviço essencial de bibliotecas, arquivos, centros de documentação, museus, entre outros tantos em que o bibliotecário, no cenário atual, está se encaixando e buscando seu espaço.

             No entanto o texto tem que ser específico, não esqueçam que tudo deve ser limitado, para que o assunto possa ser melhor abordado, mais coerente. E não poderia ser diferente neste, afinal todos têm suas realidades, e a abordada aqui é a Biblioteca Universitária. Antes que algum especialista em língua portuguesa questione a escrita, deixo claro que a intenção em manter o termo “Biblioteca Universitária” em letras maiúsculas é para dar ênfase ao assunto.

             Saímos da faculdade, como citado acima, prontos para o trabalho técnico, ou seja, catalogar, classificar, buscar informações, “poupar o tempo do leitor”, ser eficientes naquilo que fazemos. O que não nos ensinaram foi a ser gerentes, a ser gestor de pessoas, ser líder dentro de uma determinada instituição.

             Alguns têm a sorte de ter dentro de si atitudes de líder e noções de gerenciamento, ou ainda terem tido essas experiências em outros ambientes que não o profissional. Outros por outro lado ficam aterrorizados quando se deparam com uma equipe que espera que ele seja capaz de conduzi-la. A Biblioteca Universitária é assim, principalmente as particulares. Os diretores têm procurado gerentes para suas bibliotecas, pessoas capazes de não somente classificar e catalogar itens, mas capazes de conduzir uma equipe, de resolver problemas e situações fora do ambiente técnico  da biblioteca como um todo. Claro que esses gerentes tem que ser bibliotecários, com registros no CRB, para poder receber as comissões do MEC, outro aspecto que aterroriza os jovens bibliotecários, mas deixemos esse assunto para uma outra hora. O que inúmeras vezes presenciamos são jovens sem preparo para o mercado de trabalho, hoje, especialmente voltado para o ensino.

             Por inúmeras razões os cursos de biblioteconomia espalhados pelo Brasil, não estão preparando os futuros biblioteconomistas para assumirem papeis de gerência. Claro, agora teremos inúmeros professores discordando disso, vão dizer que existem aulas de planejamento estratégico, gestão de biblioteca, e outras tantas que possam se justificar, na grade curricular. Deveriam, no entanto, ver a qualidade dessas aulas, e antes de dizerem que a instituição na qual trabalham não faz parte dessa camada, observem os ex-acadêmicos da instituição, observem onde eles estão e o trabalho que estão desempenhando. Talvez com essa análise possam fazer uma reflexão acerca da grade curricular do curso de biblioteconomia.

             Tendo iniciado dessa forma, vamos ao que diz o título dessas linhas. Tenho 23 anos, sou formado pela Universidade Federal de Mato Grosso – Campus Universitário de Rondonópolis. O que isso quer dizer? É uma faculdade pública. O que isso representa? Greves ao longo dos quatro anos, que passadas as greves se tornam cinco. Pra que isso interessa? Para mostrar que isso tudo prejudica o aprendizado dos acadêmicos, que por sinal já estudam numa grade defasada.

             Outro fato interessante e totalmente relevante, é o fato de termos bacharéis em biblioteconomia, que fazem  mestrado, doutorado, pós doutorado. O que isso tem de especial? Uma parcela significativa desses profissionais se tornam professores. Ótimo (você pode pensar) agora não faltarão professores, de fato não faltarão pessoas que pensam ser professores. Pessoas cultas, sensacionais, mas que infelizmente não servem para ministrar aulas de uma determinada disciplina. Há uma diferença enorme em se adquirir conhecimento e repassar conhecimento. Nesse instante deve haver centenas deles lendo esse texto e com certeza dizendo frases do tipo: Os acadêmicos é que são desinteressados, nós preparamos nossas aulas com data show, retroprojetor, realizamos debates,entre outras coisas. Caro “professor”, os acadêmicos precisam de Professores, que  pelo simples falar os faça refletir, os faça não ter vontade de não desgrudar os olhos dele. É desse profissional que o Brasil precisa, não de sanguessugas que viram um modo mais fácil de ganhar dinheiro sem muito esforço, sim, porque o tipo de individuo que descrevo aqui não passa disso. E olha que há uma camada bem grande desses.

             Nossos anos na faculdade são repletos de brilho, esperança de uma carreira fantástica, certo? Ninguém te falou que a maioria dos órgãos da classe (biblioteconomia) não fazem seu trabalho de fiscalização não é mesmo? Mas isso você mesmo vai poder observar quando for ao mercado de trabalho, caso ainda seja acadêmico. Existe um documento do Governo Federal que deixa claro que toda biblioteca tem que ter um bibliotecário, detalhe, as próprias bibliotecas públicas muitas vezes não tem. O curioso é que se você não tem uma carteirinha do CRB não esta apto a trabalhar, mas se tem outro ocupando a vaga que por lei deveria ser sua, o órgão não está lá para autuar e fazer o que é de direito nosso.

             Veja quantos assuntos permeiam o ambiente propicio para o desenvolvimento da atividade bibliotecária. Nós não temos sequer um piso salarial estipulado, que espécie de profissionais nós temos sido, que categoria é essa que não consegue sequer se organizar e reivindicar o que seria básico.

             É, o curso de biblioteconomia deveria ser valorizado, com certeza esse é o anseio de todos nós bibliotecários. Mas nós também devemos fazer a nossa parte, cobrar dos órgãos responsáveis uma atuação mais séria, mais ética. A imagem do bibliotecário continua retrograda, é a figura de alguém mal-humorado, sentado atrás de uma mesa sem fazer nada, ou melhor, jogando paciência no computador. Uma figura deturpada pela própria imagem que a classe bibliotecária passou para a sociedade.

             A relevância que o bibliotecário tem hoje está voltada à questão da obrigatoriedade imposta pelo MEC, muitas instituições não valorizam os bibliotecários, os tem como peças importantes de um jogo de xadrez, afinal alguém tem que proteger o rei.

             Hoje aos 23 anos eu imagino que podemos mudar toda essa situação, não sou descrente das autoridades competentes, apenas acredito que hoje elas não tem desenvolvido um bom papel. Talvez seja o momento de uma reforma bibliotecária. O curso merece uma nova roupagem, uma nova visão da profissão. Os bibliotecários merecem ser reconhecido pelo trabalho que desempenham, não devem viver no anonimato,  serem excluídos ou discriminados.

             Uma profissão tão antiga, que passou por tantos momentos difíceis, que teve importantes conquistas, precisa acompanhar melhor as mudanças da sociedade contemporânea. Aliar novos conceitos, mudar paradigmas ser agente transformadora do meio onde atua, são qualidades que nós precisamos desenvolver. Nós precisamos ser notados, bem quistos, essenciais para a instituição. Está na hora dos bibliotecários se tornarem “a rainha do tabuleiro de xadrez” e mostrar quão importantes nós somos.

             Você que está acomodado, sentado atrás de um computador, acreditando que está desempenhando um bom trabalho, comece a se preocupar porque as empresas estão precisando de empreendedores e se você não o for, eles encontrarão outro que possa ser.

             Você acadêmico, que está prestes a sair da faculdade e ainda não sabe o que vai fazer, torne-se empreendedor, não fique alheio as transformações da sociedade, lute pelos seus direitos, peça salários justos e não se contente com migalhas que as instituições possam oferecer. Acredite no seu trabalho e desempenhe-o bem, seja gestor uma biblioteca, atue de forma criativa e mostre o seu trabalho.           

            23 anos e uma história começando, uma biblioteca para zelar, mostrar  trabalho, criar, organizar, estimular e acreditar no que se faz. A Biblioteca Universitária é um caminho, mas talvez você prefira um outro horizonte, no entanto a fórmula é a mesma: Competência, seriedade, ética e trabalho. Que a próxima década da Biblioteconomia seja melhor do que esta que está terminando, que o horizonte da profissão seja claro e que os objetivos possam ser traçados.

Leonel Gandi
Coodenador das bibliotecas ULBRA/CEULJI e CEDUSP

 

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Informação, Conhecimento e Conteúdo

Muito se fala da contribuição que as novas tecnologias dão ao profissional da informação. Mas tenho minhas dúvidas: estas tecnologias continuam, realmente, novas? Até quando? Por isso, prefiro citá-las como “avanços tecnológicos”. Outra questão é a conceituação dos termos Gestão da Informação, Gestão do Conhecimento e Gestão de Conteúdos.

Estamos vivendo a chamada “Era do Conhecimento”. A velocidade acelerada da informação globalizada exige mais atuação do ser humano com atitudes de criatividade, determinação, diversidade, entre outras tantas atitudes de inter-relacionamento. É dentro da Era do Conhecimento que encontramos as funções e disciplinas da Gestão da Informação, do Conhecimento e a do Conteúdo.

Em Gestão da Informação encontra-se a base do processo. Aqui se transforma dado em informação. Todas as formas de se arquivar, recuperar, classificar, processar, disseminar, codificar. O profissional desta área é capacitado e munido das ferramentas pertinentes, a orientar usuários e grupos a alcançarem seus objetivos de maneira rápida e precisa, por meio do correto uso da informação.
Gestão do Conhecimento é um processo dinâmico, sistemático e articulado. Apoiado na geração, codificação, disseminação e apropriação de conhecimentos. É um conjunto integrado de ações com o objetivo de compartilhar.
A Gestão do Conteúdo é forma pela qual a informação e o conhecimento serão geridos. O gerenciamento de conteúdo é mais focado em empresas. É entendido de forma mais processual, utilizando ferramentas como apoio para gestão de seus conteúdos e conseqüentemente a base para a gestão de seu conhecimento.

Considerando os conceitos acima, algumas das habilidades que o trabalhador do conhecimento deve ter:

+ Acesso à informação (técnicas e estratégias de busca);
+ Avaliação e validação da informação (uso de referencias e fontes de informação);
+ Organização e proteção da informação (classificar e armazenar a informação);
+ Publicação e disseminação da informação

O “Trabalhador da Informação”, “Profissional do Conhecimento” ou qualquer outra nomenclatura tem a sua função maior o compartilhamento do conhecimento e capital intelectual da organização.




Fernanda Guilhon

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Biblioteca corporativa

Disseminar a informação, permitir o acesso à cultura e subsidiar a informação transformada em conhecimento são algumas das funções da biblioteca corporativa.
A biblioteca corporativa deve ser 80% técnica e habilidades e 20% de sensibilidade e conhecimento da cultura organizacional. Reconhecer as necessidades específicas e de abstração do usuário é importante para a integração e disponibilidade da informação.
O projeto “Clube do Livro”, desenvolvido e implantado na indústria petroquímica - Riopol é um exemplo de serviço de abstração que repercutiu como benefício ao funcionário. O Clube se resume a prateleiras distribuídas por prédios existentes na planta e escritórios. O critério de escolha dos títulos é feito através de divulgação interna, no portal, de listas de livros mais vendidos divulgadas na grande mídia para votação dos funcionários e colaboradores. A partir daí, de 2 em 2 meses são comprados os 25 títulos mais votados com a única exigência de que contenha 2 títulos na língua inglesa.
O grande diferencial está na confiança e respeito depositada no funcionário. Ele participa da seleção dos títulos, pelo empréstimo, cuidados com o livro e devolução. Cabe à biblioteca o controle e registro de listas de reservas e cobrança de eventuais empréstimos vencidos.
Considere que, por se tratar de indústria, temos horário de turno, o que em certos casos, impede a integração biblioteca X funcionário e o projeto Clube do Livro desempenha também o papel de aproximar os funcionários.
No início do projeto duvidaram da assiduidade e comprometimento dos funcionários com a devolução e cuidado com os livros emprestados. Chegou-se a ouvir: “-Estão pensando que estamos na Suíça!”.
Mas a biblioteca, parte do CDI – Centro de Documentação e Informação, acreditou na cultura e educação de seus clientes e o retorno foi positivo. A quantidade de livros extraviados tem por característica acidentes, e não roubos ou sumiços. O funcionário procura a biblioteca para se justificar e se oferece para repor o título à coleção.
Neste projeto, foi considerado o funcionário como nosso negócio. E o objetivo é de fazer da biblioteca corporativa a fonte de crescimento no poder de abstração, concentração, criatividade. Parte do treinamento da língua portuguesa e inglesa. Provocar e desenvolver a responsabilidade, cuidado e assiduidade com os livros e bens patrimoniais. Integrar funcionários através de troca de idéias, opiniões e sugestões.

Fernanda Guilhon

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Viva o profissional da informação

O profissional da informação precisa ocupar o seu lugar. Mas, antes, precisa se identificar!
Não está claro quais as profissões compõe esta área.
Ainda estamos agarrados às tradicionais tecnicas e imposições do mercado.
É curioso a necessidade do ser humano em fincar bandeiras no espaço já dominado. Nos sentimos mais confortáveis em ambientes conhecidos e explorados.
Mas, não estará no ambiente pouco explorado as grandes oportunidades? Não estará no desconhecido as grandes invenções e inovações?
A exploração de terrenos e áreas pouco exploradas não abre caminhos para a criação e desenvolvimento humano?
Ainda é preciso delimitar fronteiras entre o Arquivista e o Bibliotecário, quando ambos trabalham com e para a difusão da informação? Para trabalhar com a informação é preciso ter o conceito e práticas de organização do conhecimento!!

Viva a liberdade da informação, sem paradígmas, sem conceitos ou pré-conceitos!

Fernanda Guilhon

terça-feira, 1 de julho de 2008

Bibliotecario vende monografias?

Hoje foi publicada a notícia de uma bibliotecária universitária, que já foi presidente de CRB, foi pega vendendo monografias de conclusão de curso, dentro da biblioteca em que trabalhava.
Esta notícia correu todo os meios de comunicação.
É lamentável ver um profissional da informação sem o comprometimento com o avanço do saber.
Hoje enquanto o bibliotecário, arquivista e demais profissionais da informação, se impõe no mercado tratando não apenas do conhecimento solidificado (livros, mídias...) mas, da informação como um todo e participamos do processo de transformação da informação tácita em explícita, não cabe a figura de um profissional facilitando a produção científica por R$800,00. Ou cabe??


Fernanda Guilhon

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Bibliotecário, seu negócio é a informação!

Fernanda Guilhon


As tecnologias avançadas do mundo atual contribuem com o desenvolvimento profissional e o crescimento das empresas. As áreas ligadas à Informação especialmente, recebem maior colaboração e influência. Mas, que áreas são essas? Dizia-se que de todos os profissionais que eventualmente são remunerados para criar conhecimento, comunicar idéias, processar informação (Porat, 1977), assim, consideramos os engenheiros, projetistas, gerentes. Numa idéia mais nova, Stassman (1985), ainda abrangente, conceitua o profissional da informação como aquele que trabalha com informação em vez de com objetos.
De qualquer forma, o mercado está mais competitivo, moderno e atualizado. A globalização bateu em nossas portas e, sem pedir licença, entrou em nossas vidas. Mas como se comporta o profissional bibliotecário diante tantas mudanças?
Normalmente o nome das profissões remete ao que os profissionais fazem e no caso da biblioteconomia – lida com livros em bibliotecas!!?? Já foi o tempo que a imagem do bibliotecário era da pessoa que atrás de um balcão guardava os livros como tesouros intocáveis. Hoje, é preciso participar da informação, recolher e disseminar. Organizar o conhecimento. Participar na transformação da informação tácita em explícita. Permitir acesso à informação e ajudar a transformá-la em conhecimento.

Para maior divulgação da profissão alguns pontos precisam ser considerados:

A fixação da marca é importante! Já que o nome (marca) da profissão não corresponde com a função de seus profissionais, é preciso esclarecer e divulgar no que consiste a profissão: prestação de serviços e elaboração dos produtos de informação.

Esclarecer à sociedade e principalmente ao bibliotecário que a área de negócio da profissão não é o livro e nem a biblioteca, mas sim a informação!! Pensando desta forma, o livro e a biblioteca tornam-se apenas suporte para a informação.

Focar no seu negócio e analisar seus concorrentes e barreiras de entrada e saída (considerando que os concorrentes da biblioteconomia são os próprios serviços de informação advindos das áreas de informática, administração, comunicação entre outras.)

A mistura das técnicas tradicionais e, em alguns casos, insubstituíveis, com as tecnologias avançadas podem fazer da profissão um grande desafio e realização.

É preciso que o bibliotecário olhe no espelho e se reconheça!!

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PORAT, M. U. The information economy: definition and measurement Washington: U.S. Department of Commerce, Office of Telecommunications, 1977.

STRASSMANN, P. A. Information Payoff: The Transformation of Work in the Electronic Age. New York: Free Press, 1985.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Você é Hands On?

Você é Hands On?
(Max Gehringer)

Vi um anúncio de emprego. A vaga era de Gestor de Atendimento Interno, nome que agora se dá à Seção de Serviços Gerais. E a empresa exigia que os interessados possuíssem - sem contar a formação superior - liderança, criatividade, energia, ambição, conhecimentos de informática, fluência em inglês e não bastasse tudo isso, ainda fossem HANDS ON. Para o felizardo que conseguisse convencer o entrevistador de que possuía essa variada gama de habilidades, o salário era de 800 reais. Ou seja, nenhuma fábula... Não que esse fosse algum exemplo fora da realidade. Ao contrário, é quase o paradigma dos anúncios de emprego. A abundância de candidatos permite que as empresas levantem cada vez mais a altura da barra que o postulante terá de saltar para ser admitido.
E muitos, de fato, saltam. E se empolgam. E aí vêm as agruras da super-qualificação, que é uma espécie do lado avesso do efeito pitico...
Vamos supor que, após uma duríssima competição com outros candidatos tão bem preparados quanto ela, a Fabiana conseguisse ser admitida como gestora de atendimento interno.. E um de seus primeiros clientes fosse o seu Borges, Gerente da Contabilidade.

Seu Borges: -- Fabiana, eu quero três cópias deste relatório.

Fabiana: -- In a hurry!

Seu Borges: -- Ãh??!!

Fabiana: -- Seu Borges, isso quer dizer "bem rapidinho". É que eu tenho fluência em inglês. Aliás , desculpe perguntar, mas por que a empresa exige fluência em inglês se aqui só se fala português?

Seu Borges: -- E eu sei lá? Dá para você tirar logo as cópias?

Fabiana: -- O senhor não prefere que eu digitalize o relatório?
Porque eu tenho profundos conhecimentos de informática.

Seu Borges: -- Não, não.. Cópias normais mesmo.

Fabiana: -- Certo. Mas eu não poderia deixar de mencionar minha criatividade. Eu já comecei a desenvolver um projeto pessoal visando eliminar 30% das cópias que tiramos.

Seu Borges: -- Fabiana, desse jeito não vai Dar!

Fabiana: -- E eu não sei? Preciso urgentemente de uma auxiliar.

Seu Borges: -- Como assim???

Fabiana: -- É que eu sou líder, e não tenho ninguém para liderar. E considero isso um desperdício do meu potencial energético.

Seu Borges: -- Olha, neste momento, eu só preciso das três cópias.

Fabiana: -- Com certeza. Mas antes vamos discutir meu futuro...

Seu Borges: -- Futuro? Que futuro?

Fabiana: -- É que eu sou ambiciosa. Já faz dois dias que eu estou aqui e ainda não aconteceu nada.

Seu Borges: -- Fabiana, eu estou aqui há 18 anos e também não me aconteceu nada!

Fabiana: -- Sei. Mas o senhor é hands on?

Seu Borges: -- Hã?

Fabiana: -- Hands on....Mão na massa.

Seu Borges: -- Claro que sou!

Fabiana: -- Então o senhor mesmo tira as cópias. E agora com licença que eu vou sair por aí explorando minhas potencialidades. Foi o que me prometeram quando eu fui contratada.
Então, o mercado de trabalho está ficando dividido em duas facções:
1 - Uma, cada vez maior, é a dos que não conseguem boas vagas porque não têm as qualificações requeridas.
2 - E o outro grupo, pequeno, mas crescente, é o dos que são admitidos porque possuem todas as competências exigidas nos anúncios, mas não poderão usar nem metade delas, porque, no fundo, a função não precisava delas.

Alguém ponderará - com justa razão - que a empresa está de olho no longo prazo: sendo portador de tantos talentos, o funcionário poderá ir sendo preparado para assumir responsabilidades cada vez maiores.
Em uma empresa em que trabalhei, nós caímos nessa armadilha. Admitimos um montão de gente superqualificada. E as conversas ficaram de tão alto nível que um visitante desavisado confundiria nossa salinha do café com a Fundação Alfred Nobel.
Pessoas superqualificadas não resolvem simples problemas!
Um dia um grupo de marketing e finanças foi visitar uma de nossas fábricas e no meio da estrada, a van da empresa pifou. Como isso foi antes do advento do milagre do celular, o jeito era confiar no especialista, o Cleto, motorista da van.
E aí todos descobriram que o Cleto falava inglês, tinha informática e energia e criatividade e estava fazendo pós-graduação... só que não sabia nem abrir o capô.
Duas horas depois, quando o pessoal ainda estava tentando destrinchar o manual do proprietário, passou um sujeito de bicicleta. Para horror de todos, ele falava "nóis vai" e coisas do gênero. Mas, em 2 minutos, para espanto geral, botou a van para funcionar. Deram-lhe uns trocados, e ele foi embora feliz da vida.

Aquele ciclista anônimo era o protótipo do funcionário para quem as Empresas modernas torcem o nariz: O QUE É CAPAZ DE RESOLVER, MAS NÃO DE IMPRESSIONAR .

Max Gehringer
Colunista da Revista EXAME

domingo, 8 de junho de 2008

Imagem não é tudo. É só 90%!

Posted by gabrielgalvao in Administração. Tags: , add a comment

Melhorar e aumentar os conhecimentos é muito importante para qualquer profissional. O exercício mental e a constante atualização é fundamental para que o profissional sempre esteja bem posicionado no mercado. Porém, muitos do que se preocupam demais com o intelecto deixam de lado a imagem pessoal. Acabam esquecendo um importante fator para quem está querendo progressão na carreira.

Ainda digo mais: em certos casos, a imagem pesa mais que a inteligência, pelo menos a curto prazo. Já diz a frase, “uma imagem vale mais que mil palavras”. Pode reparar: quando uma pessoa muito bonita chega num ambiente de trabalho, sua beleza abre várias portas. E se ainda for uma daquelas empresas que sempre exigia (não mais agora por causa da lei) que seus candidatos a emprego tivessem a chamada “boa aparência”, então tudo será facilitado para ela. Se tiver o nível de conhecimento exigido para o cargo, a ascensão é praticamente garantida. Contudo, mesmo se não for tão inteligente mas tiver simpatia e habilidade política, ainda sim consegue se manter bem colocada nesse tipo de organização que supervaloriza a beleza.

A questão é que o gestor deve sim cuidar da sua imagem pessoal. Ela ajuda a compor o porte de um profissional confiável e seguro, assim ganhando pontos perante os superiores quando do momento da escolha de alguém para assumir algo importante. Algumas dicas:

Asseio básico sempre em dia: Cabelo cortado, unhas aparadas, dentes limpos (não esquecendo da qualidade do hálito), barba feita para os homens e maquiagem discreta para as mulheres;

Roupas adequadas: Usar o que for mais condizente com o ambiente onde se trabalha. Se informal, roupas básicas. Se formal, camisa de botão e sapato (homens) ou terninho e salto médio (mulheres);

Porte: Educação e bons modos perante os colegas, cumprimentando-os cordialmente, mesmo se não existir amizade entre ambos. Sem arrotar, sem tirar meleca do nariz, sem bocejar alto e sem falar palavrões.

Imagem não é tudo, mas pode ser 90% no momento de uma contratação ou promoção. Uma imagem pessoal bem trabalhada complementa a competência do profissional, assim como um belo rótulo promove um bom conteúdo. Tomando isso como base, o gestor deve se tratar como um produto: ele pode até ter um conteúdo que atenda às expectativas do consumidor, que, nesse caso, são os superiores, mas se não fizer sua divulgação, ou seja, não tiver a imagem adequada, pode ficar no esquecimento.
______________________
Mensagem publicada no blog administrando.wordpress.com em 04/06/2008

sábado, 7 de junho de 2008

CURRÍCULO VITAL

CURRÍCULO VITAL
Durante o ano de 2005, o jornal Folha de S. Paulo produziu um levantamento sobre os 331 currículos recebidos durante o ano pelo caderno de empregos. Como resultado do estudo, observou-se que 58% apresentavam erros de Português. Desses, a maioria relacionava-se a ortografia e acentuação.
Além disso, 41% continham imprecisões quanto à formação acadêmica, problema agravado pelo excesso de negritos e itálicos, e pela formatação irregular ou falha. Diversos currículos dispensavam itens importantes, como objetivos, ou careciam de bom senso, como aqueles com foto do (a) candidata em trajes de banho. Ao menos fossem salva-vidas, mas nem isso...
(Fonte: Discutindo Língua Portuguesa. v.2, n.9, p.36, 2007)


Publicado em www.ofaj.com.br

OS 10 MANDAMENTOS DE UM BOM CURRICULUM: DICAS IMPORTANTES PARA NÃO ERRAR

*OS 10 MANDAMENTOS DE UM BOM CURRICULUM: DICAS IMPORTANTES PARA NÃO ERRAR*
*POR FLÁVIO FREITAS*


Atuando há 10 anos na área de Recursos Humanos, em meus cursos e palestras
as pessoas sempre perguntam: De que forma posso tornar o meu curriculum
atraente? O que fará o selecionador olhar prioritariamente o meu e não o do
outro? A fim de acabar com estas e tantas outras dúvidas, criei um roteiro
básico para orientar o candidato na elaboração de um bom currículum e
resolvi chamá-lo de "Os 10 mandamentos de um bom curriculum".

*1º. MANDAMENTO - ESTILO DE FONTE*: procure sempre usar as fontes Tahoma* *ou
Verdana, que são mais "clean". Nunca utilize fontes rebuscadas. Quase sempre
o selecionador não tem tempo de "decifrar" essas letras e acaba colocando o
seu curriculum de lado.

*2º. MANDAMENTO - UMA PÁGINA: *não importa se você tem 20 anos de
experiência, todo o texto importante deverá ser adequado a uma página. Os
selecionadores não querem perder tempo para ler as duas páginas na hora da
seleção.

*3º. MANDAMENTO - SCRIPT PROFISSIONAL:* antes de iniciar a confecção do seu

curriculum, faça uma lista detalhada desde o seu primeiro emprego. Descreva,
detalhadamente, tudo aquilo que fez e quais foram as suas principais
realizações em cada emprego. Isto ajudará na escolha dos pontos mais
relevantes, evitando repetições e informações desnecessárias.

*4º. MANDAMENTO - PROFICIÊNCIA EM LÍNGUAS ESTRANGEIRAS:* na hora de escrever
sobre a sua proficiência seja claro e adote a seguinte escala de
conhecimento: lê bem, escreve bem, fala bem, fluente. É muito desagradável o
entrevistador iniciar uma entrevista na segunda língua e você não conseguir
responder à terceira ou à quarta pergunta. Somente é fluente em uma segunda
língua quem lê, fala e escreve bem este idioma.

*5º. MANDAMENTO - CUIDADO COM A REPETIÇÃO: *leia e releia o seu curriculum
diversas vezes. Tenha o bom senso de não repetir a mesma informação, duas ou
três vezes, escrita com outras palavras.

*6º. MANDAMENTO - CONHECIMENTO TÉCNICO E CONHECIMENTO GERENCIAL*: observe o
cargo para o qual você está se candidatando. Perceba o que é importante
destacar. Às vezes, para cargos de chefia, por exemplo, é importante colocar
as suas habilidades humanas no gerenciamento e solução de conflitos.

*7º. MANDAMENTO - ATENÇÃO PARA TELEFONES E CELULARES:* cuidado com os
números de telefone que você colocará à disposição do selecionador.
Geralmente, ele não tentará contatá-lo pela segunda vez, se não conseguir na
primeira. Não deixe crianças atenderem o seu telefone em casa e conscientize

a sua família da importância do bom atendimento telefônico. Qualquer recado
deve ser anotado de forma clara: quem ligou, de qual empresa, qual o recado
e qual o número de telefone para retorno. Pense que em grandes organizações
será difícil localizar uma pessoa somente pelo primeiro nome.

*8º. MANDAMENTO - SAIBA CLARAMENTE O QUE VOCÊ ESCREVEU NO SEU
CURRICULUM: *tenha
certeza absoluta que você sabe, de cor e salteado, todas as realizações que
escreveu no seu curriculum. Normalmente, o entrevistador consegue perceber
quando você colocou informações que não são verdadeiras, principalmente se
você gaguejar sobre elas ou começar a suar frio durante a entrevista.

*9º. MANDAMENTO - FONTES DE REFERÊNCIA:* cheque pessoalmente todas as fontes
de referência que você colocará no seu curriculum. Nunca coloque o nome de
alguém com quem não tenha mais contato ou se for um chefe antigo. Avise as
pessoas de que deixou o seu nome à disposição para referências. É muito
desagradável para o selecionador ouvir a seguinte pergunta: Fulano de onde
mesmo?

*10º. MANDAMENTO - NÃO MINTA:* este é um simples e definitivo mandamento.
Nunca minta sobre as realizações que nunca alcançou, lugares que nunca
esteve e projetos que nunca fez. Em algum momento do processo seletivo o
tiro pode sair pela culatra.

Procurar emprego sempre é um processo difícil, mas lembre-se: Curriculum é o
seu Portfólio de Venda. Você só será um profissional de destaque se
conseguir comunicar através desta página o diferencial de liderança que
existe em você. Boa Sorte!

domingo, 1 de junho de 2008

Três em cada quatro brasileiros não freqüentam bibliotecas

Três em cada quatro brasileiros não freqüentam bibliotecas
Agência Brasil
BRASÍLIA - A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, lançada na última semana pelo Instituto Pró-livro, mostrou que a biblioteca ainda é vista como um lugar desinteressante para a população. A maioria dos entrevistados - 67% - afirmou que sabe da existência de uma biblioteca pública em sua cidade, mas 73% declararam que não costumam usar o serviço. A estimativa indica que três a cada quatro brasileiros não vão a bibliotecas.
No lançamento da pesquisa, o ministro interino da Cultura, Juca Ferreira, afirmou que as bibliotecas precisam deixar de ser “depósitos de livro”. Para a presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia, Nêmora Rodrigues , espaços defasados e com poucos recursos são uma das causas do desinteresse do brasileiro.
- Elas [bibliotecas] passam por uma série de dificuldades, falta acervo atualizado e equipamentos para se tornarem mais atrativas. Hoje, com a multimídia e todas as oportunidades de interação, o computador poderia ser um atrativo para a pessoa freqüentar a biblioteca e, a partir disso, ler também o livro em papel.
Jeferson Assunção, coordenador do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) do Ministério da Cultura, explica que a melhoria das bibliotecas já está previstasno programa Mais Cultura. A modernização de cerca de 400 bibliotecas deve ocorrer ainda em 2008.
- Isso será feito a partir de uma perspectiva da biblioteca como centro cultural. O livro é o principal elemento, mas estará articulado com outros suportes de leitura.
A pesquisa mostra ainda que 8% dos brasileiros, cerca de 15 milhões de pessoas, não têm nenhum livro em casa. Para Assunção, o dado reforça a importância do fortalecimento das bibliotecas públicas para garantir o acesso à leitura.
De acordo com o Ministério da Cultura, 90% dos municípios contam com pelo menos uma biblioteca pública, mas, segundo Nêmora, esse número não expressa a realidade.
- Dizer que existe uma sala, um local em que se colocam livros ali dentro não significa dizer que é uma biblioteca. A biblioteca é um organismo dinâmico, ela não vive de um amontoado de livros.
Nêmora critica ainda o fato de que muitas bibliotecas escolares não contam com profissionais adequados.
- Muitas vezes, os locais são administrados por professores em desvio de função e não bibliotecários - afirma.
Para cativar aqueles que não vão à biblioteca, a Secretaria de Cultura do Distrito Federal desenvolve o projeto Mala do Livro. Uma caixa de madeira com acervo variado é deixada em pontos de grande circulação.
O público leva o livro para casa e devolve quando quiser. Não precisa de cadastro ou termo de compromisso, basta preencher uma ficha com o próprio nome e o título da obra que vai levar. Na última sexta-feira (30), uma mala foi deixada na estação do metrô de Taguatinga.
- Biblioteca é lugar de livro, metrô não. Essa é a diferença, é uma antítese que chama a atenção de pessoas que têm o hábito de ler e outras que estão pegando um livro pela primeira vez - conta Israel Ângelo, agente do projeto.
Em duas horas, dez exemplares foram emprestados, entre eles Hamlet, de Shakespeare, escolhido por Luan de Santos, de 12 anos, que pegava o metrô para voltar para casa depois da escola.
[ 15:30 ] 01/06/2008

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Informação estratégica

Olhem que legal!
Essa matéria foi publicada no caderno de Tecnologia do Jornal do Commercio!





sexta-feira, 2 de maio de 2008

Concurso / Prefeitura de Ouro Branco - MG

Foi publicado o concurso para o cargo de bibliotecário na Prefeitura de Ouro Branco / MG onde o salário oferecido ao profissional da biblioteconomia é diferenciado dos demais profissionais de nível superior. Enquanto o bibliotecário deverá receber o salário mensal de R$1.400,00 os demais futuros funcionários desta prefeitura receberão o salário mensal de R$2.800,00 (O DOBRO!)

Esta notícia dispertou em vários colegas indignação e surpresa. Veja os comentários publicados no grupo Bibliovagas:

Em 30/04/08, Luis escreveu:
Esse concurso para todos os cargos de nível superior paga 2800,00 c/ exceção de bibliotecário 1400,00... rsrsrs.

Em 01/05/08, Cristina escreveu:
Que ofensa!!!!!!!!!!!!!! Cristina Nogueira

Em 01/05/08, Cecília escreveu:
Querida , sua ofensa é solitária e isolada. Concursos passam , sob este mesmo modelito, sem que as autoridades competentes embarguem . Temo(s) exigências sindicais que passam por esta discrepância hierárquica, e que um salário mínimo para Bibliotecário é perfeitamente aceitável. Onde reclamar? Cecília Monteiro.

Em 02/05/08, Andrea escreveu:
E, por qual motivo continuamos a prestar esses mesmos concursos??
Boicote a eles. De minha parte, eles não acontecerão por falta de inscrições!!
Andrea H.


Também acho um absurdo. E é assim que a profissão fica mal vista no mercado nada convidativa para novos profissionais. É assim, que fica difícil se livrar da desvalorização do profissional!

Será que o CRB da região sabe disso? Quem sabe valeria um aviso à eles??


É isso, infelizmente.

Beijos,
Fernanda Guilhon

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Modelo de curriculo

Modelos de Currículo

Siga o modelo...

NOME COMPLETO
Liste seu estado civil, nacionalidade, idade, endereço completo (com rua, número e complemento), CEP, cidade, Estado, telefone residencial, fax, celular (todos com DDD) e e-mail.

RG, CPF, número da carteira profissional, título de eleitor, atestado de reservista e passaporte são completamente dispensáveis. Esqueça-os. Você está escrevendo um currículo, não assinando um contrato.

OBJETIVO
O que você quer vem logo depois de quem você é. Deixe claro o seu objetivo profissional. Cuidado com exageros: antes de enviar seu perfil a um empregador, decida BEM o que você quer fazer e em que área quer atuar.

RESUMO PROFISSIONAL
Apresente uma síntese (leu direito? SÍNTESE) de suas competências e habilidades profissionais. Para o empregador bater os olhos e avaliar você no ato. É aí que ele decidirá se continua em frente, lendo atentamente o seu perfil, ou se joga o currículo no lixo.

HISTÓRICO PROFISSIONAL
A experiência é o ponto que mais chama a atenção dos recrutadores. Resuma seu histórico profissional, não esquecendo dos seguintes pontos:
1. As empresas nas quais trabalhou (da mais recente para a mais antiga);
2. O período em que passou em cada uma delas;
3. Seu(s) cargo(s) na organização;
4. Uma breve descrição de suas funções e responsabilidades.

Se você é um profissional com alguma experiência de mercado, coloque seu histórico profissional ANTES da sua formação. Caso você sejam recém-formado ou tenha pouca quilometragem nas empresas, troque as bolas: coloque primeiro a formação acadêmica.

FORMAÇÃO ACADÊMICA
Liste os cursos de graduação, pós-graduação e especialização, do mais recente para o mais antigo, com ano de início e de término (se você ainda não concluiu o curso, coloque simplesmente a palavra "cursando").
Não esqueça das certificações e do MBA, se houver. JAMAIS coloque onde fez o colegial, ginásio ou ensino fundamental, a não ser que o empregador peça.

IDIOMAS
Liste os idiomas nos quais você tem algum conhecimento e, principalmente, seu NÍVEL (básico, intermediário ou fluência) em cada um deles. Aqui, não adianta enrolar: se você é fluente, é fluente e pronto. Não existe essa história de "falo, mas não escrevo" ou algo do gênero. Alguns headhunters aconselham que você faça uma subavaliação de seus conhecimentos, pois você pode ser surpreendido em uma entrevista. De qualquer jeito, é bom confiar bem no seu taco e saber direitinho seu nível antes de escrever besteira. Caso você tenha alguma experiência de trabalho ou estudo no exterior, é hora de mencioná-la(s). Viagens de férias ou turismo não valem. Já intercâmbios ou estágios são uma boa pedida.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Por fim, liste suas habilidades específicas, como conhecimentos de linguagens de programação, seminários e workshops (só os relevantes, please) e outros.

Dicas gerais:

SEJA BREVE.
Seu currículo deve conter, no máximo, duas páginas.
Utilize processadores de textos (esqueça programas gráficos, HTML ou máquinas (?) de escrever) e escolha uma fonte sem firulas.
Figuras, nem pensar.
Nem foto.
NÃO MANDE O CURRÍCULO ATACHADO. Coloque-o no corpo da mensagem. Com a atual epidemia de vírus, muitos empregadores simplesmente eliminam arquivos anexados.
UTILIZE PALAVRAS-CHAVES. Seu currículo pode ficar armazenado em um banco de dados inteligentes, o que significa que o empregador pode selecioná-lo por determinados campos.
NÃO MINTA. Você pode ter surpresas desagradáveis no futuro (se houver futuro para você na carreira).
NÃO ESCREVA NADA SOBRE SALÁRIO. A não ser que o empregador exija saber qual é sua pretensão salarial.


Boa sorte e sucesso!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Bibliotecário em ascensão nas empresas

São Paulo, 15 de Março de 2007

Profissionais contribuem com informações estratégicas para os negócios. Aquela figura austera, de óculos, cercada de livros por todos os lados, confinada a salas igualmente austeras em escolas ou bibliotecas públicas é coisa do passado. O bibliotecário tem hoje um amplo e promissor campo de trabalho junto às empresas (públicas e privadas). Até a nomenclatura da profissão ganhou novos termos, entre eles, bibliógrafo, cientista de informação, consultor de informação, especialista de informação, gestor de informação, segundo a classificação brasileira de ocupações (CBO).

O bibliotecário pode trabalhar com a informação em várias áreas como agências de publicidade, departamentos jurídicos de empresas, escritórios de advocacia, hospitais, editoras, bancos, indústrias, provedores de internet, livrarias, emissoras de televisão, jornais, entidades do terceiro setor. Ele pode até ter a sua empresa de consultoria, caso seu objetivo seja o de ser um empreendedor. O bibliotecário atua ainda na organização de acervos e sistemas de informação, na preservação da memória e da história de uma organização, pública ou privada."A área de biblioteconomia está em expansão. À proporção em que aumenta a informação em circulação, a atividade desse profissional se apresenta extremamente necessária à gestão das organizações", diz Regina Celi de Sousa, presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia do Estado de São Paulo.Atualmente, no Estado de São Paulo, há 7.609 bibliotecários e, segundo Regina Celi, se compararmos com a população estimada do estado, de 40.849.333 de habitantes, segundo a Fundação Seade, há um profissional para cada 5.368 habitantes. Uma relação, em sua opinião, muito desigual em comparação aos benefícios que o trabalho do bibliotecário representa para o desenvolvimento humano e para as instituições. A média salarial está entre R$ 2,5 mil e R$ 4,5 mil, mas há profissionais que ganham entre R$ 10 mil e R$ 20 mil.Regina Celi de Sousa é um exemplo do profissional que não está restrito às bibliotecas tradicionais. Ela é gerente de conhecimento do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados. "A área jurídica é uma das que mais emprega bibliotecários. Na cidade de São Paulo, cerca de 60 escritórios de advocacia empregam aproximadamente 200 bibliotecá-rios. Nosso trabalho é filtrar as informações de interesse do escritório e dos clientes, mas para isso é imprescindível ter conhecimentos na área. É preciso saber onde buscar as informações, com resultado confiável, que vá agregar valor aos serviços do escritório."Segundo Regina Celi, o Conselho Regional de Biblioteconomia do Estado de São Paulo, assim como o Grupo Jurídico, oferecem cursos de capacitação profissional e oportunidades para os profissionais que desejam ingressar na área jurídica. "Empresas de recrutamento como a Catho Online já procuram bibliotecários. O boca-a-boca também é um instrumento muito forte na hora da colocação", informa Regina Celi.A bibliotecária Emilia da Conceição Camargo, gerente do centro de informações do Grupo Totalcom (que engloba entre outras empresas a agência de publicidade Fischer América), defende a expansão desse mercado, pelo fato de a globalização ter levado as diferentes organizações a aprimorarem os seus processos, produtos e serviços. Isso coloca a informação não só como insumo para controle, mas também como um instrumento importante para a tomada de decisões e a busca de inovações."Em empresas de comunicação como o Grupo Totalcom, a busca de informação para atender futuros clientes e analisar a concorrência é um ativo. Assim, essas informações estão em sua maior parte ligadas à área de planejamento estratégico, mas também a estudos de tendências e áreas de pesquisa", analisa Emilia.

Outra bibliotecária que encontrou nas empresas seu desenvolvimento profissional é Yara Rezende, gerente de informação na Natura, que em seu setor conta com seis bibliotecários e um profissional oriundo da área de marketing. Yara diz que o mercado oferece boas oportunidades, mas ainda encontra dificuldade para encontrar um bom profissional. "A formação universitária faz do bibliotecário um técnico. Para que ele seja qualificado a trabalhar em empresas, é preciso ter uma mente estratégica, voltada para o negócio, para lidar com as informações, e ter uma sólida formação cultural."Yara, logo após se formar, começou a trabalhar em empresas. Em 1981, ingressou na Mangels, onde criou um método revolucionário - a biblioteca sem acervo. "Para mim, o importante é ter o acesso à informação, não o acervo, que para muitas empresas pode ser dispendioso. Criei, assim, o que se chama hoje de biblioteca virtual. Hoje, na Natura, como gerente de informação, tenho de estar alinhada aos planos estratégicos da empresa nas mais variadas áreas como mercado, logística, engenharia, entre outras. É preciso estar integrada aos processos da empresa, para antecipar informações, antecipar tendências. A informação é válida quando é subsídio para gerar conhecimento" , conclui Yara Rezende.

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 9)(Lourdes Rodrigues)

Fonte: http://www.investne ws.com.br/ integraNoticia. aspx?Param= 519,0,1,485112, UIOU

Colaboração: Maria Lúcia Pimenta

domingo, 27 de abril de 2008

O Bibliotecário é o arquiteto da informação, sabia?

O profissional da biblioteconomia deve entender que o foco deixou de ser só o livro. Os suportes de acesso à informação são muitos. O mercado se expadiu e o convite ao conhecimento é farto. O espaço é nosso.
É mais ou menos isso que está escrito no artigo abaixo. Observe que o artigo foi escrito em 2005!

Aproveitem e deixo os votos de que a mensagem seja captada!

O bibliotecário é o arquiteto da informação, sabia?

Beijos,
Fernanda Guilhon

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Seu currículum

Proteja seu curriculum... não mande para endereços duvidosos ou que exponham seus dados!

Não mande o currículo para o grupo Bibliovagas, mas para os endereços mencionados nas mensagens de divulgação!

Se proteja!


Beijos,
Fernanda Guilhon

domingo, 20 de abril de 2008

O currículo bem elaborado atrai, o currículo mal elaborado afasta.

Antigamente, destacar-se pelo currículo era usar papel rosa, arrumar o texto em blocos agrupados e densos, com informações que começavam com o seu curso de primeiro grau, incluíam seus hobbies prediletos, estado da saúde e situação matrimonial. Esqueça este tipo de currículo!

Hoje, mudou o mercado de trabalho, e mudaram os currículos. Seja você candidato a uma vaga de presidente, vendedor ou escriturário, o que o seu currículo deve fazer é evidenciar suas habilidades, conquistas e experiência, e é nisso que você vai se distinguir de uma multidão de outros candidatos. Este é o currículo moderno e eficaz!

UM BOM CURRÍCULO...
...apresenta um resumo breve, objetivo e conciso, mas ao mesmo tempo claro, abrangente e verdadeiro sobre a sua experiência passada.
UM BOM CURRÍCULO...
...deve ser cuidadosamente atualizado, muito bem e corretamente escrito, e adequadamente formatado.
UM BOM CURRÍCULO...
...faz você se destacar em uma pilha de outros currículos
UM BOM CURRÍCULO...
...chama a atenção de quem o lê e faz aumentar as suas chances de conseguir a entrevista de emprego.

FUNÇÕES DO CURRÍCULO
Para quem está empregado, o currículo é importante porque pode ser solicitado para apoiar um processo de promoção, para um convite para um novo emprego, para mostrar a clientes e fornecedores. Não se deve nunca descuidar dele, se se quiser causar uma impressão positiva.
Para quem está procurando emprego, o currículo tem duas funções básicas.
*É uma ferramenta para gerar entrevistas de emprego *Serve de guia para os seus entrevistadores Portanto, facilite a vida do seu entrevistador. Procure responder, no currículo, as perguntas para as quais os entrevistadores querem resposta. E o quê, afinal, os entrevistadores querem saber de um candidato a emprego?
O que você quer? Para responder a esta pergunta, o seu currículo deve comunicar claramente, e especificamente, quais os seus objetivos. Coloque um sumário sucinto e claro de suas expectativas. Por exemplo: Cargo Executivo na Área Industrial (estilo mais aberto); Diretor/Gerente da Área Industrial (estilo mais específico).
Por que você quer? Mostre por que razão você considera merecer o cargo que está pretendendo. Seu currículo deve enfocar o objetivo. Aqueles itens de sua carreira que não ajudam a justificar o foco central do currículo devem ser menos enfatizados ou não incluídos. Por exemplo, se seu objetivo é ser Diretor Industrial e você trabalhou durante um ano para um empregador em vendas de produtos de consumo, esta experiência deve ter menção mínima e não constar do sumário.
Em que você contribuiu? Destaque as atividades que você desempenhou em cada emprego e que resultaram em retorno para a empresa, seja institucional, financeiro ou de relacionamento de mercado. O seu potencial empregador quer saber, logo à primeira vista, se você é um empregado que traz resultados para a empresa ou se apenas cumpre o seu papel.

Você se organiza e planeja para alcançar objetivos? Um currículo bem organizado, com seqüência lógica, mostra a sua habilidade de organizar atividades e tarefas, e o fato de saber o que quer mostra ambição e vontade de atingir esses objetivos.
Você se comunica? Usar frases curtas é uma maneira eficiente de demonstrar objetividade e concisão. Utilize o mínimo de palavras. Evite advérbios subjetivos como extremamente, fortemente e outros. Inicie frases com verbos de ação, como construí, reduzi, aumentei, implantei, administrei, supervisionei, melhorei, expandi, organizei, treinei, encontrei, descobri, planejei etc. Mas ao mesmo tempo em que os verbos podem vir na primeira pessoa, evite utilizar o pronome pessoal "eu"; passa impressão ofensiva de falta de modéstia quando usado em demasia. Ao redigir, tente criar uma impressão moderna, positiva, agressiva e direcionada a realizações. Os entrevistadores analisam pilhas de currículos, e precisam entender rapidamente, na primeira leitura, exatamente o que você pretende, porque e com que objetivos. Faça um esforço de preparação para economize o esforço de leitura deles. Isto pode resultar em ponto positivo para voc ê.
Você é positivo? Um currículo deve falar bem de você, claro que com base na verdade. Por isso enfatize os pontos positivos. Ninguém quer ler informações tristes, de pessoas que choramingam. Mostre aspectos marcantes primeiro, e deixe os aspectos menos relevantes para o final. Atinja o entrevistador com um impacto positivo logo no início da leitura.

SEQÜÊNCIA DE APRESENTAÇÃO
Basicamente, o que um empregador quer saber de você, quando olha o currículo, são apenas três coisas: onde você já esteve, o que já fez por outra empresa e o que pode fazer pela empresa dele. Apenas como exemplo, o currículo de um candidato a um posto de gerente, para atender a esta necessidade, pode ser montado da seguinte maneira:
Objetivo conciso Breve sumário de qualificações Formação acadêmica Resultados obtidos em decorrência das habilidades técnicas Experiência profissional mais relevante (com datas e lugares) Pontos fortes Conhecimento de informática

PRIMEIRA PÁGINA
Preferivelmente, este mesmo profissional que estamos usando como exemplo deve procurar manter o currículo em no máximo duas páginas. Um currículo de três páginas é hoje considerado extenso. Logo no início da primeira página, coloque o seu nome, seu endereço e números de telefone. Não há outro lugar melhor para colocar essas informações – como os currículos são lidos rapidamente, você pode perder uma oportunidade se o leitor pensar que você esqueceu de colocar essas informações. Em seguida coloque o seu objetivo, que não deve ultrapassar uma linha.
Por exemplo: Gerente de Marketing/Produto. Mencione depois, sumariamente, um resumo de suas qualificações. Por exemplo: Economista com MBA em marketing e 10 anos de experiência em planejamento de mídia e estudo de mercado. Ao colocar datas de títulos no currículo, certifique-se de incluir as datas de início e final de cada curso do lado esquerdo da p ágina. Ao colocar relação de seus empregos anteriores, certifique-se de incluir as datas de entrada e saída de cada emprego do lado direito da página, depois do nome de cada empresa.

Não separe os cargos com textos, pois perdem o impacto do número e da seqüência.

SEGUNDA PÁGINA
Faça uma relação de resultados obtidos em cada empresa, sempre de maneira sucinta. Evite analisar – apenas informe. Se foi promovido muitas vezes, enfatize isto no currículo. Brevemente. As promoções que obteve são as melhores referências, pois denotam que você foi um colaborador excelente. Transmitem que seu chefe o julga um bom profissional e que executou bem suas funções, por isso foi promovido. Para registro de um emprego em que você obteve promoções, certifique-se de incluir a data de entrada e a data de saída no lado esquerdo da página, e as datas para cada título do lado direito da página. Se você não seguir esta norma e colocar todas as datas do lado esquerdo, uma rápida leitura poderá deixar a impressão de que você troca de emprego com freqüência.
Se você for um executivo jovem, que ainda não acumulou muitos empregos, tente montar o seu currículo com uma só página.

O QUE NÃO COLOCAR EM SEU CURRÍCULO

*Cores
O currículo deve ser agradável à leitura, e portanto discreto. No máximo, utilize para imprimir um papel de tom pastel, claro, em vez do branco, mas nada além disso. E como destacar informações? Use recursos como o negrito e o itálico do seu processador de texto, e evite variar tipos de fonte para não transformar o currículo numa salada gráfica, que incomodaria a quem o lesse.

*Listas extensas de qualquer natureza
Se a sua relação de empregos é muito grande, selecione apenas os últimos cinco empregos de sua carreira. E mencione no sumário de qualificações que tem mais experiência do que está mostrado a seguir. Em alguns casos é importante colocar todas as informações, como nos currículos de cientistas ou médicos, para cujos empregadores os artigos publicados são importantes, assim como o detalhamento dos congressos de que o profissional participou. Mas, de maneira geral, essas informações só entediam a quem vai ler o currículo.

*RG, CIC e outros números de documentos
Não perca tempo inserindo número do CIC, ou do Título de Eleitor, ou mesmo da Carteira Profissional. Se alguém tiver interesse nesses documentos, será o Departamento de Pessoal no momento em que for efetivar a sua contratação. Nunca antes.

*Razões de ter deixado o emprego anterior
Esta informação é importante para o seu empregador, mas deve ser discutida no momento certo. E o momento certo é a entrevista pessoal.

*Referências
A lista de referências deve ser impressa à parte, e você deve tê-la à mão para apresentá-la ao entrevistador no momento em que for solicitado a isto. (Para mais informações, leia o artigo "Sem boas referências, você pode perder a chance de um ótimo emprego" na edição número 1 do jornal virtual Carreira & Sucesso.)

*Raça, religião e filiação partidária
Ninguém tem interesse em conhecer essas suas convicções, seja para benefício seja para prejuízo de sua carreira. Ao contrário, colocando essas informações, pode parecer que você é quem tem preconceito com relação a esses itens.

*Salário anterior e pretensão salarial
Alguns especialistas recomendam colocar salário e pretensão no currículo, mas a postura da Infojob é de não recomendar esta prática. Salário, conforme a nossa experiência, é um tema para ser discutido pessoalmente, na entrevista, e não para estar no currículo. Quando o anúncio pede, pode-se escrever alguma coisa geral como "Aceito discutir propostas", ou "Estou aberto para discutir a questão salarial".

FORMATO E APARÊNCIA DO CURRÍCULO
Antes de datilografar o modelo final, revise-o com duas ou três pessoas para checar as informações e para verificar a correção ortográfica. Erros de português, gramaticais, ortográficos ou de concordância, comprometem seriamente o currículo de qualquer pessoa. Não tenha vergonha de pedir ajuda.
Graficamente, o seu currículo precisa ser atraente. Lembre-se de que ele é a propaganda do produto mais importante do mundo: você! Deixe margens largas e muitos espaços em branco. Não faça a composição gráfica com letras muito pequenas porque há pessoas que enxergam mal – respeite-as. Procure não variar a fonte das letras, mas aproveite os recursos de sublinhar, colocar em negrito ou em itálico, e até o uso de letras maiúsculas para enfatizar.
A impressão deve ser feita em laser, porque o resultado gráfico é bonito e muito limpo. Para a reprodução de quantidades maiores, sugerimos o processo offset em um papel de boa qualidade, branco ou em tom pastel claro. Inclua fotografia, se considerar que a sua aparência pessoal é boa e pode ajudar a causar boa impressão. Prefira o tamanho 4,5 x 6 cm. Deve ser uma ótima fotografia, nítida, em que você esteja sorridente e inspire confiança. A fotografia diferenciará imediatamente o seu currículo dos outros e o tornará mais pessoal. Pode colar uma fotografia em cada currículo ou, se usar serviços de uma gráfica, pode deixar que a fotografia faça parte do fotolito, imprimindo-a na primeira página do seu currículo.

Texto publicado no Grupo Biblivagas em julho/2004

sábado, 19 de abril de 2008

Bibliovagas

Olá pessoal!
Este blog vai nos aproximar mais.
A intenção é criar um espaço democrático e de informações sobre o mercado de trabalho.
As vagas de emprego, estágios e concursos continuarão a ser divulgadas no grupo e na página do Orkut.
Para participar do grupo: preencha o link ao lado ou mande um e-mail para bibliovagas@grupos.com.br - automaticamente você receberá as vagas divulgadas no seu e-mail particular. Para participar da comunidade Bibliovagas no Orkut, clique em "participar" e visite a página sempre que puder.
Reservamos este blog para contarmos nossas experiências e nos conhecermos melhor. Além, claro, de publicarmos matérias sobre curiosidades e perfil do profissional da informação.
Sejam bem vindos!
Comentem. Mandem matérias, artigos ou referências que julgarem interessante para bibliovagas.br@gmail.com. Este espaço é nosso!
Vale lembrar que não há custo algum na divulgação de vagas e/ou informação.
O objetivo do Bibliovagas é colaborar com o profissional, divulgar a profissão e serviços.
Um beijo,
Fernanda Guilhon

Os novos gestores da informação

Os novos gestores da informação
por Juliana Falcão


A tecnologia não apenas criou novas profissões como também reformulou e ampliou o campo de atuação de outras já existentes.
Umas delas é a de bibliotecário, que sempre foi responsável pela organização de livros em bibliotecas tradicionais e de documentos em empresas.
"Hoje as oportunidades para esses profissionais se expandiram para todas as áreas em que a informação é o instrumento de trabalho. O trabalho do bibliotecário inclui hoje a organização de bases de dados virtuais, de intranets, de documentação para processos de certificação de qualidade, atividades de marketing, entre outras", conta Waldomiro Vergueiro, professor associado do Departamento de Biblioteconomia e Documentação da ECA/USP.
Com a imensa necessidade que as empresas possuem atualmente de filtrar e tirar o melhor proveito possível das informações, ampliaram-se as oportunidades de emprego para o bibliotecário que, paralelamente, exerce também um papel social muito importante: o de promover a formação cultural do país.
A profissão de bibliotecário é regulamentada pela Lei 4.084, de 30 de Junho de 1962, e decreto 56.725, de 16 de agosto de 1965.


Perfil profissional
Um profissional de biblioteconomia deve estar sempre atualizado, preparado para trabalhar em equipe e ter o computador como seu companheiro inseparável de trabalho, já que a tecnologia passou a fazer parte do dia-a-dia do profissional. "É preciso também que o bibliotecário domine as tecnologias de busca e obtenção de informação, de forma a tirar o máximo de proveito delas", acrescenta o professor da ECA.
Para Waldomiro, o bibliotecário deve também ter sensibilidade para lidar com pessoas e abertura para ouvi-las e entendê-las. "É a partir dessa interação que o profissional define as necessidades do cliente e lhe fornece informações - ou organiza a gestão das informações - de acordo com seu desejo, necessidade e custo", explica.


Mercado de trabalho
O mercado está mais aquecido em empresas de tecnologia de ponta, de telecomunicações e de servidores de Internet. Há também as agências de publicidade, turismo, marketing e empresas de consultoria. Por enquanto, o mercado das bibliotecas tradicionais está saturado.
A necessidade das empresas de utilizar a informação como diferencial competitivo deu aos profissionais de Biblioteconomia uma nova importância e a possibilidade de atuarem como Gestores de Informação, Administradores de Web, Analistas ou Avaliadores de Conteúdo da Internet e Gestores do Conhecimento. "Independente do nome, o bibliotecário deve ter condições de atuar em qualquer função que vise a organização e obtenção de informações", explica Waldomiro.
O salário costuma variar de R$ 1.500 a R$ 2.500, mas tudo depende do segmento. "Existem casos de bibliotecários experientes que ganham R$ 500 em bibliotecas públicas e de outros, iniciantes, ganhando até dez vezes mais em empresas", revela o professor.

Waldomiro acredita que "o futuro promissor está reservado aos bibliotecários que forem dotados de postura corajosa e pró-ativa em relação às necessidades de informação da sociedade contemporânea". "As empresas procuram profissionais capacitados para direcioná-las no emaranhado de informações com que são bombardeadas hoje. Capacidade seletiva, de acordo com os critérios do cliente, é tudo", finaliza o professor.