terça-feira, 25 de agosto de 2009

Defesa do Bibliotecário

13 / 07 / 2009 - 11h10min________________________________

Audiência foi solicitada pela deputada Alice Portugal

Uma biblioteca na escola, um bibliotecário! Esta será uma das metas da Frente Parlamentar em Defesa dos Bibliotecários que será lançada,possivelmente, em outubro. A ideia foi apresentada pela deputada AlicePortugal (PCdoB-BA), durante audiência pública na Comissão de Educaçãoe Cultura, nesta quinta-feira (9), e apoiada pelos parlamentarespresentes.

Alice, que propôs o debate, afirmou que a indicação de criar a Frentetem por objetivo o fortalecimento profissional do bibliotecário e areavivação das bibliotecas escolares que, em muitos municípios, estãoabandonadas. A Frente, segundo Alice, incentivará os parlamentares aapresentarem emendas individuais e coletivas para a criação debibliotecas nas escolas.

A parlamentar citou também o fortalecimento do livro didático e atransformação das bibliotecas em um espaço vivo. Dessa forma, adeputada entende que elas serão transformadas em mecanismospropulsores do conhecimento na educação brasileira.

Realidade
Para a presidente do conselho Federal de Biblioteconomia, NêmoraArlindo Rodrigues, as palavras de Alice foram direto ao cerne daquestão. A dirigente explica que a biblioteca escolar é um espaçobasilar para a formação do cidadão. Ela acredita que a bibliotecaescolar tem um papel fundamental na formação dos cidadãos conscientes.

A Presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia da Bahia, abibliotecária Lucimar Oliveira da Silva, falou sobre a sua experiênciacomo profissional da rede pública de ensino. Para ela, osbibliotecários vivenciam uma situação muito difícil em Salvador.

Segundo Lucimar, na capital baiana existem 417 unidades de ensino, com70 salas leituras e 120 bibliotecas, sendo que trabalham somente 15 profissionais bibliotecários na rede municipal.A dirigente diz que infelizmente a realidade desses espaços é péssima.

Muitas vezes eles servem como depósito, não sendo reconhecida como uminstrumento pedagógico e sim como um apêndice qualquer da escola. Deacordo com ela, um agravante maior é que os poucos profissionais queatuam nas escolas estão exercendo outras funções.A deputada comunista acha que "o Programa Nacional Biblioteca daEscola, criado em 1997, vem se modificando e se adequando à realidadee às necessidades educacionais com recursos do Orçamento Geral daUnião e do salário-educação. Contudo, é inegável que o programa nãovem alcançando os resultados esperados", afirma Alice.

Entre as debatedoras, estiveram presentes as presidentes do Conselho Federal de Biblioteconomia, Nêmora Arlindo Rodrigues; e do ConselhoRegional de Biblioteconomia da Bahia, Lucimar Oliveira Silva; bem comoa representante do Conselho Regional de Biblioteconomia de MinasGerais, Lúcia Freitas. Também compareceu a coordenadora de Contratos e Convênios do Livro Didático (FNDE), Alzeni França Millions; e odiretor da Secretaria de Educação Básica (MEC), Marcelo Soares.

Fonte: Site da Deputada Alice Portugal

Um comentário:

Helga disse...

Salvo engano o Arruda queria tirar as bibliotecas das escolas, aqui em Brasília, para não ter de ter mais bibliotecários contratados lá (ou a obrigatoriedade).

Lenda urbana? Governador sai e entra, mas esta proposta soa como algo que eles fariam realmente.