terça-feira, 18 de novembro de 2008

Biblioteconomia – UFMT por: Kenia Vanni de Freitas Sukeyosi

Biblioteconomia – UFMT

Cumprimento este espaço dedicado a informação.
Sou bacharel em Biblioteconomia, turma 2004, UFMT-Rondonópolis (primeira turma).
Como todos ligados a educação, sabem como é delicado manter um padrão de ensino em meio a tantas tormentas diárias, não poderia ser diferente em uma instituição de ensino superior da rede pública. É extremamente trabalhoso e cansativo o caminho a percorrer nestas instituições, por isso cumprimento, também, os professores, mestres, que nos mostram um caminho a seguir.
Na ocasião de minha graduação enfrentamos muitos desafios e fomos privados de uma constância do caminho percorrido no meio acadêmico, pois estruturar um novo curso é uma das árduas tarefas que nossos professores enfrentam. Mas vencemos, e hoje esta turma está atuando no mercado de trabalho.
Dois anos após a graduação participei de um processo seletivo para professores substitutos, e atuei na docência, na UFMT, por 2 anos. Acredito que desenhei um bom caminho neste período, e espero retornar breve. Atuei inclusive na gestão de uma biblioteca universitária, da qual me desliguei recentemente por discordar do enfoque retrógado dado à biblioteca.
Na ocasião em que participei do colegiado de curso, vivenciei todos os problemas, frustrações, incertezas...será que esta grade curricular atende as necessidades? será que este aluno tem esse direito? será que...será que...e sempre em comum acordo com todos os participantes, inclusive representantes dos alunos, a decisão era tomada e aprovada.
Claro que as decisões podem agradar uns e outros nem tanto, mas o objetivo é atender a necessidade. E o curso atende toda necessidade inerente de um centro de informação, e ainda oferece as noções administrativas e de recursos humanos. O curso é Bacharel em Biblioteconomia, que isso fique claro. Para que o indivíduo conheça com mais detalhes as questões relacionadas com a administração, acredito que deva fazer uma especialização na área. Nada impede que um bibliotecário faça pós graduação em gestão de empresas (estou fazendo um curso relacionado).
Não é possível, em nenhuma graduação, que aprenda TUDO relacionado ao curso e ainda os assuntos afins. Ainda temos o agravante do interesse pessoal de cada aluno que percebi durante esses 2 anos ministrando disciplinas no curso, infelizmente deixa a desejar. Cada aluno pode apresentar uma série de motivos para o desinteresse, mas nenhum motivo pode ser justificativa. A vitória tem sabor especial se temperada com dificuldade.
Todos sabem que existem professores dedicados e outros nem tanto, assim como alunos dedicados e outros nem tanto. Vamos fazer parte dos dedicados que tenho certeza que iremos crescer, tanto a instituição quanto o Brasil.
A atuação dos egressos do curso de Biblioteconomia da UFMT se destaca, pois dos alunos graduados, vários estão atuando em centros de informação, contratados ou concurso público, ressaltando que fazem parte da parcela dos dedicados e estão empenhados na profissão. Ainda temos os alunos que estão exercendo a função de estagiário, em bibliotecas escolares.
Agora, o que este profissional ira desenvolver em seu local de trabalho depende do interesse ou do que a instituição possa oferecer, pois sabemos que existem instituições que não valorizam este profissional e praticamente os obrigam a atuar somente com os serviços básicos, sem condições de desenvolver plenamente sua função. Isso é um problema que nós, bibliotecários, deveríamos estar unidos para que esta prática não se torne permanente. Para isso gostaríamos de contar com o CFB, CRB e Sindicatos da classe. Exemplo dessa omissão são os concursos públicos que oferecem vaga para “bibliotecário com nível médio de escolaridade”. Não é preciso comentários.
Temos conhecimento, também, que muitos profissionais assumem a direção de um centro de informação e sequer apresentam um diagnóstico para a direção, o que é inaceitável, a real situação do local tem que ser apresentada, mesmo que nenhuma providencia vá ser tomada, isso faz parte do nosso trabalho inicial, e tenho convicção, como professora, que esta informação é repassada aos alunos, podem alegar que não tem conhecimento, porque com certeza faltaram a aula este dia, é comum ouvirmos este tipo de argumento. Na ocasião do final da graduação o aluno deve apresentar um trabalho de pesquisa, sugere-se que pesquise temas atuais, que façam pesquisa, mas infelizmente essa sugestão não é acatada, preferem ficar no mais prático e fácil. Poderia desenvolver algo relacionado com gestão, para colaborar com o aprendizado. Não estou generalizando a pratica, há trabalhos com muito valor científico, sem dúvida e parabenizo esses dedicados alunos.
Resolvi escrever para esta coluna para que os leitores tenham conhecimento a respeito do curso de Biblioteconomia da UFMT, o qual tenho grande estima.

Kenia Vanni de Freitas Sukeyosi
Bibliotecária – CRB1

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Museólogo atua desde a identificação à exposição de obras

Museólogo atua desde a identificação à exposição de obras

Curso mais antigo de museologia começou a funcionar em 1932.
Atualmente, há sete instituições que oferecem o curso, seis federais e uma particular.

Fernanda Bassette Do G1, em São Paulo

 

Foto: Divulgação
Divulgação
Alunos de museologia manipulando acervo da UniRio. (Foto: Divulgação)


Quem pensa que museu é o lugar onde estão guardadas as velharias e os objetos antigos está enganado. "Um museu é muito mais que um depósito de acervos. Ele armazena a história e a cultura de um país", afirma o professor Ivan Coelho de Sá, diretor da Escola de Museologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). A profissão do museólogo é o tema do Guia de Carreiras do G1 desta terça-feira (17).

 

Segundo o professor Sá, o objetivo do curso de museologia é formar profissionais capacitados para trabalhar em museus, em instituições de memória em geral, em locais de patrimônio cultural. Nos últimos dez anos, afirma, a carreira teve uma valorização. "Acho que descobriram a importância que existe em preservar a cultura e os museus como instrumentos sociais e educativos", disse o professor. 

 

Foto: Eugênio Vieira
Eugênio Vieira
Fachada do prédio da Pinacoteca do Estado, em São Paulo (Foto: Eugênio Vieira)

A professora Ana Maria Dalla Zen, coordenadora do curso de museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) vai além. "Museu não é apenas um local de preservação da memória humana. Há preservação de artes sacras, de plantas, de animais. São diferentes áreas do conhecimento que estão sendo preservadas".

 

  Atividade dinâmica

E, segundo Ana Maria, também está enganado quem pensa que a atividade do museólogo é rotineira e cotidiana. Ele é o profissional responsável por inúmeras atividades, entre elas:

  • planejar, organizar, administrar, dirigir e supervisionar os museus e exposições; 

  • solicitar o tombamento de bens culturais; 

  • conservar, manipular e divulgar o acervo museológico; 

  • classificar e executar serviços de identificação dos bens culturais;

  • realizar perícias destinadas a apurar o valor histórico, artístico ou científico de bens museológicos, assim como a sua autenticidade.

De acordo com o professor Sá, a carreira do museólogo é bastante específica e não pode ser confundida com a de um historiador, por exemplo. "O historiador sabe pesquisar, mas não sabe coisas técnicas de como manipular um acervo, por exemplo". 

 

Foto: Divulgação
Divulgação
Exposição no museu da UFRGS (Foto: Divulgação)

Sá dá um exemplo prático da atividade do museólogo: "Quando um quadro chega em um museu, ele precisa ser higienizado, identificado, classificado, transportado adequadamente, tem que ser avaliado o índice de luz que ele vai receber. Só essa parte técnica de preservação do bem cultural é imensa", diz o professor.

 

"O acervo tem que conversar com o público. O museólogo avalia até que ponto um objeto consegue relacionar o passado com o presente", afirma Ana Maria.

 

  Disciplinas

O curso de museologia está inserido na área de humanidades. Geralmente, nos dois primeiros anos de curso, o aluno tem contato com disciplinas de formação geral em ciências humanas, como antropologia, filosofia, sociologia, metodologia de pesquisa, ecologia (para quem for trabalhar em museu de ciências), patrimônio histórico.

 

Após esse período, o estudante tem contato com disciplinas mais específicas e ligadas diretamente à formação do profissional. São elas museologia e todas as suas subáreas como documentação, preservação, comunicação. No final do curso, há estágio obrigatório.

 

  Atualização constante

Segundo a professora Ana Maria, um bom museólogo tem que ter uma formação básica de conhecimento bastante complexa e tem que estar constantemente informado e atualizado. "É preciso visitar museus no seu dia-a-dia. Existem convênios com museus internacionais e virtuais e o aluno precisa de atualizar", disse.

 

  Um pouco de história

O curso superior de museologia mais antigo do Brasil é oferecido pela UniRio e foi lançado por meio de um decreto presidencial em 1932. Ele começou a ser oferecido dentro do Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro e funcionou lá por mais de 40 anos. Era um curso técnico, mas tinha caráter universitário e as aulas eram ministradas pelos próprios técnicos do museu.  Atualmente, segundo dados do Ministério da Educação (MEC), há sete instituições que oferecem o curso, seis federais e uma particular.


Fonte: www.g1.com.br - 17/06/08 - 15h45 - Atualizado em 17/06/08 - 16h37

Contratação exige registro em carteira e pagamento de vários tributos

Dentro da lei
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O final do ano é o período mais esperado pelo varejo e pela indústria. As vendas do comércio em dezembro chegam a ser, em média, 30% superiores às registradas no mês de novembro. Para atender à maior demanda, os empresários com freqüência recorrem à contratação temporária.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem), 113.000 pessoas devem ser selecionadas para essas vagas neste ano. O volume representa um aumento de 8% em relação a 2007. A estimativa é que cerca de 37% desses profissionais sejam efetivados. Esse número vem crescendo ano a ano. Em 2007, foram 34% e em 2006, 30%.

Existe uma legislação específica que rege a contratação desse tipo de mão-de-obra. A regra diz que o funcionário só pode permanecer na empresa por três meses, prorrogáveis por mais três. Não há prazo mínimo definido. Esses profissionais têm de receber salário equivalente aos de seus pares que desempenham a mesma função e são fixos no cargo. "A lei não diz claramente que tem de ser o mesmo salário. Então, a interpretação que geralmente se faz é de um valor igual ao pago a um iniciante", afirma Vander Morales, diretor da Asserttem.

Mesmo se trabalharem poucos dias, esses funcionários têm direito a registro em carteira, férias proporcionais e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Após duas semanas, a pessoa também passa a receber o 13º salário como se tivesse trabalhado um mês inteiro. A exceção fica por conta de casos de demissão. O contrato pode ser rompido a qualquer momento sem o pagamento de multa de 40% sobre o FGTS.

Esse tipo de contratação não pode ser feito diretamente por lojistas e empresários em geral. É necessária a intermediação de uma agência de emprego especializada que tenha registro no Ministério do Trabalho. Essa empresa deverá recolher todos os impostos - que equivalem a 54,66% do salário. Em caso de alguma irregularidade ou reclamação trabalhista, é a prestadora de serviço quem terá de se entender com a Justiça.

O empresário Celso Lemos, dono de uma fábrica de alimentos processados com carne de avestruz, a Idao, vem atuando desde março com cinco colaboradores temporários para promover a degustação de seus produtos em supermercados. Até dezembro, ele deve contratar mais sete pessoas. "As ações são pontuais. Não posso ter alguém fixo", diz. Lemos paga à agência de empregos o equivalente a dois salários - um é repassado para as promotoras e o outro se refere aos encargos sociais e à taxa do serviço de contratação.


Colaboração: Claudia Candido

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Max Gehringer / Revista Época - 10/10/2008 - 17:29


Qual é sua avaliação sobre uma carreira em Biblioteconomia? – S.M.

Pelas informações disponíveis – e que são bem poucas –, o maior número de vagas está sendo oferecido através de concursos públicos. Mas eu sugiro que você faça, paralelamente, um curso de Ciência da Computação. A internet é a maior biblioteca do mundo, e só vai aumentar de tamanho e de importância nos próximos anos.