Biblioteconomia – UFMT
Cumprimento este espaço dedicado a informação.
Sou bacharel em Biblioteconomia, turma 2004, UFMT-Rondonópolis (primeira turma).
Como todos ligados a educação, sabem como é delicado manter um padrão de ensino em meio a tantas tormentas diárias, não poderia ser diferente em uma instituição de ensino superior da rede pública. É extremamente trabalhoso e cansativo o caminho a percorrer nestas instituições, por isso cumprimento, também, os professores, mestres, que nos mostram um caminho a seguir.
Na ocasião de minha graduação enfrentamos muitos desafios e fomos privados de uma constância do caminho percorrido no meio acadêmico, pois estruturar um novo curso é uma das árduas tarefas que nossos professores enfrentam. Mas vencemos, e hoje esta turma está atuando no mercado de trabalho.
Dois anos após a graduação participei de um processo seletivo para professores substitutos, e atuei na docência, na UFMT, por 2 anos. Acredito que desenhei um bom caminho neste período, e espero retornar breve. Atuei inclusive na gestão de uma biblioteca universitária, da qual me desliguei recentemente por discordar do enfoque retrógado dado à biblioteca.
Na ocasião em que participei do colegiado de curso, vivenciei todos os problemas, frustrações, incertezas...será que esta grade curricular atende as necessidades? será que este aluno tem esse direito? será que...será que...e sempre em comum acordo com todos os participantes, inclusive representantes dos alunos, a decisão era tomada e aprovada.
Claro que as decisões podem agradar uns e outros nem tanto, mas o objetivo é atender a necessidade. E o curso atende toda necessidade inerente de um centro de informação, e ainda oferece as noções administrativas e de recursos humanos. O curso é Bacharel em Biblioteconomia, que isso fique claro. Para que o indivíduo conheça com mais detalhes as questões relacionadas com a administração, acredito que deva fazer uma especialização na área. Nada impede que um bibliotecário faça pós graduação em gestão de empresas (estou fazendo um curso relacionado).
Não é possível, em nenhuma graduação, que aprenda TUDO relacionado ao curso e ainda os assuntos afins. Ainda temos o agravante do interesse pessoal de cada aluno que percebi durante esses 2 anos ministrando disciplinas no curso, infelizmente deixa a desejar. Cada aluno pode apresentar uma série de motivos para o desinteresse, mas nenhum motivo pode ser justificativa. A vitória tem sabor especial se temperada com dificuldade.
Todos sabem que existem professores dedicados e outros nem tanto, assim como alunos dedicados e outros nem tanto. Vamos fazer parte dos dedicados que tenho certeza que iremos crescer, tanto a instituição quanto o Brasil.
A atuação dos egressos do curso de Biblioteconomia da UFMT se destaca, pois dos alunos graduados, vários estão atuando em centros de informação, contratados ou concurso público, ressaltando que fazem parte da parcela dos dedicados e estão empenhados na profissão. Ainda temos os alunos que estão exercendo a função de estagiário, em bibliotecas escolares.
Agora, o que este profissional ira desenvolver em seu local de trabalho depende do interesse ou do que a instituição possa oferecer, pois sabemos que existem instituições que não valorizam este profissional e praticamente os obrigam a atuar somente com os serviços básicos, sem condições de desenvolver plenamente sua função. Isso é um problema que nós, bibliotecários, deveríamos estar unidos para que esta prática não se torne permanente. Para isso gostaríamos de contar com o CFB, CRB e Sindicatos da classe. Exemplo dessa omissão são os concursos públicos que oferecem vaga para “bibliotecário com nível médio de escolaridade”. Não é preciso comentários.
Temos conhecimento, também, que muitos profissionais assumem a direção de um centro de informação e sequer apresentam um diagnóstico para a direção, o que é inaceitável, a real situação do local tem que ser apresentada, mesmo que nenhuma providencia vá ser tomada, isso faz parte do nosso trabalho inicial, e tenho convicção, como professora, que esta informação é repassada aos alunos, podem alegar que não tem conhecimento, porque com certeza faltaram a aula este dia, é comum ouvirmos este tipo de argumento. Na ocasião do final da graduação o aluno deve apresentar um trabalho de pesquisa, sugere-se que pesquise temas atuais, que façam pesquisa, mas infelizmente essa sugestão não é acatada, preferem ficar no mais prático e fácil. Poderia desenvolver algo relacionado com gestão, para colaborar com o aprendizado. Não estou generalizando a pratica, há trabalhos com muito valor científico, sem dúvida e parabenizo esses dedicados alunos.
Resolvi escrever para esta coluna para que os leitores tenham conhecimento a respeito do curso de Biblioteconomia da UFMT, o qual tenho grande estima.
Kenia Vanni de Freitas Sukeyosi
Bibliotecária – CRB1
Cumprimento este espaço dedicado a informação.
Sou bacharel em Biblioteconomia, turma 2004, UFMT-Rondonópolis (primeira turma).
Como todos ligados a educação, sabem como é delicado manter um padrão de ensino em meio a tantas tormentas diárias, não poderia ser diferente em uma instituição de ensino superior da rede pública. É extremamente trabalhoso e cansativo o caminho a percorrer nestas instituições, por isso cumprimento, também, os professores, mestres, que nos mostram um caminho a seguir.
Na ocasião de minha graduação enfrentamos muitos desafios e fomos privados de uma constância do caminho percorrido no meio acadêmico, pois estruturar um novo curso é uma das árduas tarefas que nossos professores enfrentam. Mas vencemos, e hoje esta turma está atuando no mercado de trabalho.
Dois anos após a graduação participei de um processo seletivo para professores substitutos, e atuei na docência, na UFMT, por 2 anos. Acredito que desenhei um bom caminho neste período, e espero retornar breve. Atuei inclusive na gestão de uma biblioteca universitária, da qual me desliguei recentemente por discordar do enfoque retrógado dado à biblioteca.
Na ocasião em que participei do colegiado de curso, vivenciei todos os problemas, frustrações, incertezas...será que esta grade curricular atende as necessidades? será que este aluno tem esse direito? será que...será que...e sempre em comum acordo com todos os participantes, inclusive representantes dos alunos, a decisão era tomada e aprovada.
Claro que as decisões podem agradar uns e outros nem tanto, mas o objetivo é atender a necessidade. E o curso atende toda necessidade inerente de um centro de informação, e ainda oferece as noções administrativas e de recursos humanos. O curso é Bacharel em Biblioteconomia, que isso fique claro. Para que o indivíduo conheça com mais detalhes as questões relacionadas com a administração, acredito que deva fazer uma especialização na área. Nada impede que um bibliotecário faça pós graduação em gestão de empresas (estou fazendo um curso relacionado).
Não é possível, em nenhuma graduação, que aprenda TUDO relacionado ao curso e ainda os assuntos afins. Ainda temos o agravante do interesse pessoal de cada aluno que percebi durante esses 2 anos ministrando disciplinas no curso, infelizmente deixa a desejar. Cada aluno pode apresentar uma série de motivos para o desinteresse, mas nenhum motivo pode ser justificativa. A vitória tem sabor especial se temperada com dificuldade.
Todos sabem que existem professores dedicados e outros nem tanto, assim como alunos dedicados e outros nem tanto. Vamos fazer parte dos dedicados que tenho certeza que iremos crescer, tanto a instituição quanto o Brasil.
A atuação dos egressos do curso de Biblioteconomia da UFMT se destaca, pois dos alunos graduados, vários estão atuando em centros de informação, contratados ou concurso público, ressaltando que fazem parte da parcela dos dedicados e estão empenhados na profissão. Ainda temos os alunos que estão exercendo a função de estagiário, em bibliotecas escolares.
Agora, o que este profissional ira desenvolver em seu local de trabalho depende do interesse ou do que a instituição possa oferecer, pois sabemos que existem instituições que não valorizam este profissional e praticamente os obrigam a atuar somente com os serviços básicos, sem condições de desenvolver plenamente sua função. Isso é um problema que nós, bibliotecários, deveríamos estar unidos para que esta prática não se torne permanente. Para isso gostaríamos de contar com o CFB, CRB e Sindicatos da classe. Exemplo dessa omissão são os concursos públicos que oferecem vaga para “bibliotecário com nível médio de escolaridade”. Não é preciso comentários.
Temos conhecimento, também, que muitos profissionais assumem a direção de um centro de informação e sequer apresentam um diagnóstico para a direção, o que é inaceitável, a real situação do local tem que ser apresentada, mesmo que nenhuma providencia vá ser tomada, isso faz parte do nosso trabalho inicial, e tenho convicção, como professora, que esta informação é repassada aos alunos, podem alegar que não tem conhecimento, porque com certeza faltaram a aula este dia, é comum ouvirmos este tipo de argumento. Na ocasião do final da graduação o aluno deve apresentar um trabalho de pesquisa, sugere-se que pesquise temas atuais, que façam pesquisa, mas infelizmente essa sugestão não é acatada, preferem ficar no mais prático e fácil. Poderia desenvolver algo relacionado com gestão, para colaborar com o aprendizado. Não estou generalizando a pratica, há trabalhos com muito valor científico, sem dúvida e parabenizo esses dedicados alunos.
Resolvi escrever para esta coluna para que os leitores tenham conhecimento a respeito do curso de Biblioteconomia da UFMT, o qual tenho grande estima.
Kenia Vanni de Freitas Sukeyosi
Bibliotecária – CRB1
4 comentários:
Fui aluna da Kênia e sei de sua dedicação e amor ao curso. Acredito que é através de docentes como ela e discentes dedicados e apaixonados pela profissão de Bibliotecário(a)que vamos conseguir divulgar a importância de nossos trabalhos.
Parabéns Kênia...Parabéns Professora...Parabéns pela garra e determinação constantes!
Parabéns pelo texto, muito bem redigido professora. Espero que o curso da UFMT possa ser tão bom quanto a senhora colocou. Afinal, os alunos é que tem que se esforçar mais.
Faço minhas as palavras de Priscila, e digo ainda que eu tive o prazer de ter professores excelentes como Kenia Sukeyosi, Walter Oliveira, Renado da Silva, Joliza Fernandes, Mariza Inês, etc todos absolutamente todos dedicados no seu intuito docente, e um professor não tem tempo suficiente(em sua carga horária) pra passar todo o seu conhecimento,(mesmo assim todos sempre se disponibilizaram fora do horário de aula) então cabe a nós universitários correr atrás do conhecimento, e auto-conhecimento (leiam nas entre linhas.
um grande abraço a todos leitores do bibliovagas/blogspot
Perdoe-me esqueci de mencionar o me da professora homenageada da nossa turma, Sheila Gabriel.
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